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domingo, 30 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 161


— Oi amores, licença. — Eles simpáticos, retribuíram meu sorriso. — É que meu namorado está fazendo uma brincadeira comigo e preciso ver uma coisa rapidinho.
— Claro. Viu, Jonas, é assim que deve fazer. — Não tiro o sorriso envergonhado das bochechas.
         Mexo no centro de mesa, viro e reviro o vaso, fico nisso por quatro minutos. Passo o olho entre as flores e vejo um pedaço de papel muito bem amassado. Pego-o e Agradeço o casal.
— Eu tenho vontade de matar você. Vê se pode me fazer passar vergonha. — Mordo seu lábio inferior.
“ Agora você deve estar querendo me trucidar, mas afirmo que tudo isso é por uma boa causa.
A próxima dica está num lugar onde fica objetos parecidos com o PRIMEIRO presente que te dei
P.S: antes de namorarmos. ”
— Você está me fazendo passar por cada coisa. Vai ter troco.
         O primeiro presente que ele me deu, ainda quando amigos, foi um livro antigo da avó dele. Meu Deus, onde vou achar esse livro aqui? 
— Por favor, amor. Chega dessa brincadeira.
— Olha só, eu planejei muito esse dia. Não venha estragá-lo agora.
—  Nossa Micael, desculpa.   Beijo-o
         Entramos na recepção da pousada, logo à frente vejo uma sala de estar para todos os hóspedes. Junto os pontos novamente. Uma estante. Mexo nos livros ali, parecendo uma idiota; Micael, como sempre, gargalhava da minha cara. Acho outro papel colado num livro antigo “Auto de Fé”, esse foi o primeiro presente. Folheio -o e encontro a próxima dica colada na contracapa.
— Micael, para de rir, Meu Deus! — Bato em seu ombro. — Esse aqui é o mesmo livro que foi da sua vó ou é só uma cópia.
— É o mesmo. Pode levar, já combinei com a atendente.
— Você é maluco, doido, psicopata ou os três?
Gargalhamos juntos.
“ Está chegando ao fim já. A próxima dica está na primeira coisa que viu quando chegou aqui. ”
— A porta do nosso chalé? — Ele assentiu.
— Até que você é bastante inteligente.
— Fica brincando mesmo, vai ter volta. Eu nunca passei tanta vergonha no mesmo dia. 
         Retornamos para o quarto, essa próxima acho depressa pois estava colada atrás da porta. Bem fácil, concordo.
“ Está acabando!
Procure naquilo que você ama usar, coloca o mundo lá dentro e nunca acha nada.
Coloquei enquanto estávamos vindo para cá.  Guarde-a com carinho. ”
— Não é possível que você conseguiu? — Pego minha bolsa em cima da mesa de jantar. — Micael, como? — Pergunto sobre a chave estranha que está entre minha carteira e meu batom.
— Você estava com olhos vendados e ainda cochilou.
Reviro os olhos mais uma vez.
         Pego a pequena pista no papel que envolvia a chave e leio em voz alta.

“Ande o número de passos que corresponde ao dia que te beijei pela primeira vez. ” — Olho-o incrédula — Assim você vai acabar comigo. — Sento um pouco na cadeira para pensar. Foi em julho, agora a data não consigo recordar.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 160


— Só que é um presente muito especial, então não seria meu estilo entregar de mãos beijadas. Para ganhar você tem que aceitar participar do meu jogo.
— Que jogo, Micael? Estou confusa. — Continuo gargalhando.
— Toma. — Entregou-me uma carta. Abro-a desesperadamente por causa da minha ansiedade.
“ Meu amor, esse lugar é ótimo para uma caça ao tesouro, não é? Então, é esse o nosso jogo.  Vai ter pistas espalhadas por todo o lugar, você deverá segui-las e então chegará no seu presente. 
Já aviso que você precisará de ter paciência, amor e em hipótese alguma ficar brava comigo. Combinado?
A primeira pista está em um objeto que você usava agora a pouco, está embaixo de você. ”
         Termino de ler e levo o olhar já lacrimejando de tanto rir. Rimos juntos.
— É sério isso?
— Seríssimo.
         Começo a procurar por todo o lugar, um objeto que usava agora? Repito.
— Está aqui? — Refiro-me à mesa de jantar.
— Procura aí, vai. Eu não posso dar mais dica.
         Olho embaixo da mesa, do prato, da taça e por fim olho embaixo da cadeira. Lá estava.
“ Vamos lá, gatinha, é só o começo...
O que é que tem mais de mil caras, mas só pode lhe mostrar uma?
Sua próxima dica está colada lá. ”
— Nossa, essa está difícil.
— Está nada, faz um esforço.
— Não sou boa com charadas. — Faço bico.
         Penso talvez 5 minutos para descobrir. Corro para achar o banheiro dentro do chalé, só poderia ser Espelho! Micael me acompanha de longe, apenas rindo e rindo. Fito-o com deboche.
“ Bem fácil essa, desse jeito acha o presente rapidinho.
Quando você está calor, qual é a parte que mais gosta de ir no seu condomínio?
1-Primeiro presente que lhe dei em Los Angeles.  
2- Número mínimo de filhos que quero ter.”
— Piscina? — Ele sorri assentindo.
         Tiro a sandália para poder procurar melhor. Nesse lugar que ele arranjou, tinha vários chalés separados, mas também havia uma pousada e milhares de entretenimento, avisto até uma baia para cavalos. Assim que olho a piscina, aproximo-me; tinha alguns casais sentados numas mesas perto da área.
         Os olhares de todos se voltam para mim. Só o Micael para me fazer passar por tanta vergonha.
— Amor, na dica não diz qual é o presente.

— Leia novamente. — Fico nervosa um pouco por ele não parar de gargalhar. 
— Você me deu as flores antes daquele colar, não foi?
— Já falei que não posso dar dica.
         Reviro os olhos. Flores, com certeza! As únicas flores que tinham ali eram as que estavam no centro de mesa. Falta adivinhar qual mesa estava. Micael me observava encostado na parede.         
         Ele comentou que queria ter três filhos. Isso mesa número Três. Ligo as ideias. Chego na mesa três onde um casal também jantava.  Repito, Só o Micael para me fazer passar por tanta vergonha.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 159


POV Sophia

         Micael retira a venda, fecho os olhos por alguns minutos e os abro com calma; vejo ao meu redor um lugar muito bonito, repleto de árvores, flores, jardins e em frente um chalé. Fito-o por segundos, percebo em seu olhar o quanto está nervoso. 
         Pergunto o motivo de tudo isso, mas ele permaneceu em silêncio; abre a porta e dá espaço para entrar primeiro. Logo me assusto com a avalanche de aromas. Palpito que um dos cheiros era neroli, impossível não reconhecer aquela avassaladora essência  de flor de laranjeira, agridoce, bem fresco. Inspiro. Volto o olhar para Micael que permanecia sorrindo para mim. Dou alguns passos até uma parede e passo pela parte vaga.
         Arrepio-me só por ver uma mesa de vidro com fascinantes arranjos de boca de leão na cor rosa e uma outra flor que não recordo o nome, porem caíram muito bem. Também tinha castiçais de vidro com mosaicos bem coloridos nas pontas da mesa; por si só já eram bonitos mas com as velas acesas ficaram magníficos. Quero levá-los de decoração la da sala.  O chalé se destacava com um estilo provençal exuberante. Encaro-o muito confusa. O que significava tudo aquilo?
         Olho para a mesa novamente. Ele preparou comida japonesa para mim, sorrio de orelha a orelha. Têm uma variedade lá, meus preferidos, tem uma champanhe e duas taças. Encaro-o mais uma vez; ele transmitia um olhar ainda tenso.
— Isso tudo é para mim? — Sorrio envergonhada.
— Sim.
— Eu não tenho palavras... Obrigada! — Puxo-o para mim. Principio um beijo calmo, seus lábios estavam gelados assim como os meus; sorrio pelo arrepio instantâneo que levei. Micael leva as mãos até minhas costas, desliza pela coluna parando um pouco abaixo da lombar. Enterro uma das mãos em seus cabelos curtos enquanto a outro prendo o maxilar.
         Permanecemos naquele ato por alguns minutos, afundo a cabeça em seu peitoral; ele, então, acaricia todo meu cabelo. Não queria sair dali, é o meu refúgio. Paraliso por instantes, apenas inalando aquele perfume tão gostoso e sexy. Fico estarrecida como o perfume dele é uma droga muito viciante, pior que heroína.
— Amor, o que acha de jantarmos? Preparei muitas surpresas para hoje.
— Surpresas? Mais? — Beijo a ponta do seu nariz.
— Sim.
— Ai que medo! Que tipo de surpresas?
— Comer primeiro! — Mostra língua.
         Sentamos à mesa, sinto os olhos brilharem só por ver minha comida favorita ali. O que é que ele tenha preparado foi realmente muito bem pensado.  Pego meu hashi rapidamente e levo um sushi à boca, enquanto ele abria o champanhe. Aquela comida estava dos deuses.
         Conversamos e brincamos entre o jantar, sinto-o bem nervoso, por ora penso perguntar o motivo, mas prefiro não atrapalhar. Ele levanta e vai até a cozinha. Petit Gateau!  Em todo momento pegava os olhares dele fixos em mim, sinto-me corar.
— Ué? — Assusto ao ler “ Posso começar a surpresa? ” na beirada do prato de sobremesa. — Podemos! — Gargalho muito alto.

— É o seguinte, gata. — Ele levanta e faço o mesmo. — Não te trouxe até aqui só para jantar sua comida predileta. Trouxe aqui porque tenho um presente.
— Qual? 

Desculpem o horário novamente, amanhã tenho teste de português, então estava estudando. Comentem e Mil beijos...

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 158



        Seria um jantar? Seria um passeio? As mãos não paravam de tremer com tanta ansiedade. Abro minha maleta de maquiagens e faço aquele mesmo tratamento de pele, por mais atrasada que estivesse, nunca me maquiaria sem tratar antes. Opto por fazer um olho bem demarcado com delineador. Passo uma sombra nude por todo o centro do olho, no canto exterior aplico uma combinação de marrom e esfumaço, já no canto interno passo uma sombra branca com função de iluminar; pego minha máscara de cílios, até então sem nunca abrir, e a uso. Na boca nada além de um batom vermelho, nem muito escuro nem muito forte. Dou uma cor às bochechas.
         Disparo novamente para o closet tentando achar uma bolsa que caiba as roupas. Estou mais perdida que cego em tiroteio, gargalho. Não faço a mínima ideia para onde ele decidiu ir. Como arrumar as roupas se não sabe o local?
— Já? — Escuto a campainha tocando. — Sinto muito, lindo, mas vai ter que esperar um pouco.
         Escolho algumas peças de roupa e coloco na bolsa; nada muito além de algumas blusas, alguns vestidos, calças e alguns sapatos. Se ele falasse o lugar pelo menos. Separo também meus materiais de higiene enquanto a campainha permanecia a tocar enlouquecidamente. Micael não poderia esperar nem um pouco, meu deus ! 
         O medo de errar no look para tal surpresa me atormentava. Pego uma bolsa de mão, também preta, coloco o celular, minha carteira e meu kit reserva de maquiagem. Desço com cuidado para não cair com a sandália.
— Calma criatura. — Abro a porta.
— Meu Deus do Céu!

POV Micael

         Sophia demora um tanto para atender a porta, já estava preocupado, em contrapartida ao abrir vejo-a mais radiante que o normal. Veste um vestido vermelho que marcava todas suas esplêndidas curvas. Meus olhos involuntariamente traçam um caminho por todo seu corpo. Ela é uma perdição.
— Meu Deus do Céu! — Agarro-a pela cintura e a beijo impulsivamente. Coloco-a contra a porta e a cerco com os braços. — Tudo bem com você? — Ela sorri envergonhada.
— Melhor agora. Por que demorou para atender?
— Estava arrumando essa tal bolsa que pediu.
— Então está perdoada.
— Amor, onde nós vamos, estou com medo de ter errado no look.
— Se isso aí foi erro, vou me atirar dessa varanda agora.
— Então eu estou bonita? — Ela leva as mãos até meu maxilar.
— Sim. — Fecho os olhos — Muito.
— Fechou os olhos para que?
— Você está muito perto, aí eu perco o controle. — Acaricio sua barriguinha que já apontava. — Pega lá sua bolsa, amor.
         Sophia beija a ponta do meu nariz e sobe para pegar a bolsa, saio desligando as luzes para agilizar nossa saída. Estou tão nervoso, tão ansioso, com medo também. Hoje precisa sair tudo perfeito.
                                                              ...

— Amor, agora pode falar para onde vamos?
— Não — Tiro uma venda de dentro do porta-luvas — Coloca por favor.
— Ah não, Micael. Isso é tortura. — Ajudo-a a amarrar, enquanto estava parado no sinal vermelho. — Vai demorar para chegar?
— Um pouco.  — Repouso a mão sobre sua coxa nua pela metade.
         Seguimos conversando até a pousada que preparei. Ela era um pouco afastada do tumulto que é Rio de Janeiro, cercada com muitos jardins, bosques, piscinas ... muitas atividades.  Era uma pousada,porém tinha chalés ao fundo, bem organizado. Nesse momento, minha respiração já quase não saia. Estaciono o carro, saio e vou até ela para abrir a porta.
— Às vezes eu tenho muita vontade de te matar. — Ela diz apoiando em mim para não cair.
— Sophia, você confia em mim?
— É óbvio que confio.
— Então relaxa. Espero que você goste.

         Posiciono-a em frente a porta e retiro a venda


No próximo capítulo vamos descobrir qual é a tal surpresa que o Micael preparou para ela. Façam suas apostas kkkk

Amores, uma leitora pediu para divulgar o blog dela aqui. Confesso que dei uma olhada e adorei. Se puderem, olhem lá: Lucy por SoMic

sábado, 22 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 157


POV Sophia

         Chego rapidamente no meu apartamento, largo a bolsa em qualquer lugar, subo para o quarto. Agora seria um tempo só meu e do bebê. Tiro a sapatilha, ligo a televisão e sento na cama, encostada à cabeceira.
         As fotos que a Doutora imprimiu demarcavam bem o rostinho dele, na verdade só a lateral. Levanto o suéter para acariciar minha barriga e observá-la melhor. Olhando assim, até que já estava dando sinal.
— Adorei te ver hoje, sabia? — Falo com o bebezinho — Você é a coisa mais linda do mundo. Sabe, meu filho, ontem eu conversei com o seu pai. Mamãe errou muito, falei muita besteira, agi feito uma repleta idiota. Eu sei que fui boba em brigar com você, em pedir para você sumir. — Seco minhas lágrimas. — Se pudesse voltar atrás não teria te tratado assim, nem mesmo brigaria com o seu pai e com sua tia. Eu já consigo amar você, amo demais. Prometo que a partir de agora vou te tratar da melhor maneira possível, vou cuidar de você, vou ser a melhor mãe que conseguir. Você perdoa a mamãe? Você perdoa todas as coisas que falei? — Faço caminho com os dedos por toda a barriga — Hoje foi nosso recomeço combinado? Pode ser assim? Prometo, meu anjinho, que de hoje em diante vai ser tudo diferente, tudo, tudo, tudo. Hoje foi o nosso recomeço. Nosso. — Repito. — Eu prometo também as poucos tentar dar o máximo de carinho. Sei que é pequeno, mas entenda a mamãe. Tudo aconteceu de surpresa. Adultos são assim mesmo. Somos impulsivos, impacientes, nervosos e também temos medo. Pois é, adultos também temem, também choram, também querem colo. Poder ouvir seu coração hoje foi a melhor forma de saber que realmente está aqui. Ouvir-te hoje, foi como uma droga, tipo uma morfina, que alivia tudo e deixa cada vez mais dependente. Eu amo você. 
                                                                                         ...

— Gatinha?
— Diga. — Sorrio atendendo a ligação do Micael.
— Já está em casa?
— Acabei de chegar.
— Passo para te pegar daqui a uma hora.
— OI? Onde nós vamos?
— É surpresa.
— Não gosto de surpresa amor, fala o lugar pelo menos. Tenho que pensar no que vestir.
— Veste o que achar melhor. Arruma algumas roupas numa bolsa, não precisa ser nada muito chique.
— Como assim? Fala o lugar.
— Surpresa amor, não vou falar. Daqui a pouco chego aí.
         Desligo o mais rápido possível e subo em questões de segundos, entro no banheiro e jogo uma rápida água no corpo. Só o Micael mesmo para me avisar em cima da hora. Ainda mandou arrumar uma bolsa com roupas. Agora sim vou parecer uma adolescente.
         Corro para o closet, vou direto para procurar um vestido. Bem mais prático e Micael adora me ver assim. Escolho um vestido, dessa vez mais justo ao corpo, tinha um corte U nada muito chamativo, mas em compensação o decote das costas vinha mais até a lombar.
         Fico um pouco apreensiva, porque iria ser a primeira vez que ele me veria assim, não lembro de um vestido ter me valorizado tanto quanto esse.

         Pego uma sandália preta de camurça, com um salto mais alto que os outros, comprei-a ainda em Los Angeles; possuía alguns detalhes em dourado. É uma corrida contra o relógio. Prefiro gastar mais tempo com uma maquiagem.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 156


— Fala amor.
— Você ia sair sem nem me dar tchau?
— Ah meu Deus, desculpa — Beija-me — É que eu estou meio paralisado.
— Estamos. — Aproximo-me, cingindo-lhe o pescoço com os braços.  — Me perdoa, meu lindo?
— Além de te perdoar, só tenho que lhe agradecer. — Pega-me no colo — Obrigado, obrigado, obrigado por me dar esse presente.
Beijo-o com a maior calma possível, porém ele envolve minha cintura; colando, então, nossos corpos. Forço a descida, já que estávamos no meio da rua.
— Veio dirigindo?
— Sim, estacionei duas quadras daqui.
— Quer companhia até lá?
— Você é muito galanteador. — Falo após ele dar um sorriso sexy — mas ... não precisa. Depois, se quiser, vai lá em casa.
— Preciso saber se você estará livre na sexta e no sábado que vem.
— Peraí. — Pego meu celular e olho minha agenda. Anoto tudo lá. — Sexta eu gravo, mas sábado está tranquilo, por qual motivo?
— É que eu iria te chamar para sair.
— Na sexta só à noite, tudo bem?
— Ótimo.
— Vê direitinho e me fala.

POV Micael

         Solto-a e entro no carro. Sinto-me sorrindo feito bobo, lembrando tudo o que aconteceu dentro daquele consultório. É indescritível essa sensação; agora era real.
         Tanta informação para assimilar desde ontem, Primeiro o jantar com a Sophia, depois a sensação de pela primeira vez vê-la encantada com a gravidez; hoje ainda pude ver meu filho. Não existe homem mais feliz no mundo que eu! Permaneço sorrindo, apesar desse trânsito.
         As batidas do coração dele foram mais bonitas que todas as músicas do mundo, mais bonitas que todas as músicas que fiz. Logo que o escutei, o coração aqueceu, o corpo inteiro suava e tremia, senti um amor tão revigorante quanto olhei a Sophia em Los Angeles pela primeira vez.
— Agora é verdade, agora eu realmente VOU SER PAI! — Grito dentro do carro.
         As coisas finalmente estavam se encaixando, pude olhar Sophia enquanto ela fitava a imagem do bebê na tela. Vi seus olhos brilhando.

         Chego em casa e procuro minha mãe por todo o lugar, infelizmente todos saíram. Queria mostrar a foto que tirei das fotos impressas do bebê, mas queria ao mesmo tanto preparar uma surpresa para a Sophia.
         Pego o celular e faço algumas ligações, já havia pesquisado e preparado tudo em minha mente desde que fui até aquela joalheria no shopping. Só de pensar que os meus maiores estão prestes a se realizar já volto a sorrir feito bobo. Ela tinha esse efeito sobre mim.
         Quero muito que a sexta-feira chegue. Quero muito ver a reação de Sophia. Desligo e vou para o banheiro. Um banho.


Amores desculpem o horário, mas é porque fiquei o dia inteiro fora de casa :(

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 155


     Ela passa o cursor e abre uma tela onde marcaria os batimentos do bebê. Rapidamente um som alto, acelerado sai. Meu bebê! Era inevitável não chorar nesse momento. Nunca ouvi nada tão significante do que as batidas do coração dele.
      Miro Micael por alguns segundos, ele estava paralisado. O som do coração daquele serzinho dentro de mim era tão alto, rápido, forte que o mundo pareceu congelar naquele instante. Só eu, Micael e nosso bebê.
         Não consegui esboçar uma palavra sequer. Paraliso também. Aquela batida, mais animada que uma escola de samba inteira, preencheu tudo o que faltava, curou tudo o que estava ferido dentro de mim, trouxe alegria onde era vazio; trouxe um amor imediato e aquela vontade de proteção.
         Desabo ali mesmo. Não mais em forma de súplica para tirá-lo daqui, mas sim em forma de agradecimento. Queria me esbofetear por tudo que havia feito. 
         A doutora fecha a tela que ouvia os batimentos e por mais alguns instantes aquele som permaneceu na minha cabeça. Observo estática a finalização da ultrassonografia.
— Está tudo bem mesmo? — Micael com a voz falhada, pergunta.
— Sim, tem mais ou menos sete centímetros, está numa faixa aceitável. E você Sophia,  já está praticamente com os pés no segundo trimestre, boas notícias é que todo seu mal-estar vai melhorar. É comum ter um desconforto abdominal nessa fase, pois é agora que os músculos de toda a região se projetam para acomodar o bebê, de resto esse será um bom estágio, as gestantes afirmam ser a melhor de toda a gravidez.
         Ela termina de limpar todo aquele gel em minha barriga, visto minha calça com a ajuda de Micael e sentamos novamente nas duas cadeiras. Júlia entrega um CD com o ultrassom gravado e as fotos que tirou. Micael as segura e acaricia aquelas figuras. Sim, agora é concreto!
         Escuto as últimas explicações da médica e também as recomendações. Ela detalha bem como será daqui para frente e dá toda a informação necessária sobre o desenvolvimento do bebê.
— Parabéns para os dois. Aproveitem muito porque é tão rápido que daqui a pouco o bebê já nasce. — Ela levantou, beijou-me na bochecha e fez o mesmo com o Micael. — Deveria ter filmado os dois boquiabertos olhando para a tela.

         Sorri.

— Sophia, passa ali na minha secretária e marca a consulta para o dia que anotei na sua cartela.
— Obrigada, por tudo. — Abraço-a 
Eu e Micael entrelaçamos nossas mãos mais uma vez. Estamos aéreos. Passo na recepcionista e marco a data da próxima consulta. Vou com ele até o seu carro.
— Micael, espera! — Seguro seu braço para não sentar no banco do motorista.
                                                                                                          

domingo, 16 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 154


POV Sophia
Acordo com o despertador tocando. Olho para mim estava com a mesma roupa de ontem. Pensei que o Micael iria dormir aqui, mas enfim. Corro para o banho, ainda precisava tirar toda aquela maquiagem e me arrumar para gravar. Acelero o máximo que consigo.
         Visto uma calça de brim vermelha e um suéter branco. Amarro os cabelos em um rabo de cavalo, calço uma sapatilha com estampa de tribal. Pego minha bolsa e coloco todos os exames e tudo o que precisava entregar para a Doutora Júlia.

...
Acabo me atrasando para a consulta, entro na clínica e vejo Micael sentado no canto esquerdo lendo uma revista sobre política.
        — Amor, desculpa o atraso.
        — Tudo bem — Beija-me — Cheguei mais cedo.
        — Vou ali falar com a recepcionista, já volto . — Entrego minha bolsa para ele.
Assino alguns papéis e sento ao seu lado.
       — Pensei que você iria dormir lá.
       — Achei melhor não.
Assinto e pego o celular de dentro da bolsa, enquanto ele continua lendo a revista. Observo-o de canto de olho e percebo suas mãos juntas, apertadas. Ele está ansioso.  Sobreponho minha mão esquerda sobre as dele; Micael me encara por meio de um sorriso e lhe dou um selinho rápido. 

                                                                                        ...


         A recepcionista chama meu nome e vou para o consultório da Doutora, com as mãos entrelaçadas nas de Micael.
         — Licença. — Entro.
         Micael estava com as mãos suando, firmo os olhos nele transparecendo calma. Apresento-o para Doutora Júlia, sentamo-nos nas duas cadeiras em frente a ela. Entrego os resultados dos exames; ela, então, os analisa e diz:
         — Já vejo que a reposição de ferro em seu organismo está fazendo efeito. — Ela sorri carinhosa. — Entretanto, sua glicose está um pouco abaixo do nível normal.
         — E o que eu faço? — Pergunto bem apreensiva.
         — Seu caso não é uma hipoglicemia grave, nada que um período de ingestão de açúcar não melhore.

         Júlia explica detalhadamente o que é a hipoglicemia, como origina, o que causa, maneiras de prevenir; falou também as consequências de ter uma hipoglicemia na gravidez e uma lista de alimentos e nutrientes para seguir. Ela pede para mim levantar o suéter para medir a circunferência abdominal. Noto Micael olhando com um sorriso torto para minha barriga. Eu vou mudar, vou tentar ser a melhor mãe que consigo, por ele. 
   Depois de fazer algumas anotações naquela cartelinha de gestante que me deu ainda na primeira consulta; ela pede para mim tirar a calça de brim e deitar numa cama. Joga um pano branco do quadril para baixo, suspendo o suéter mais uma vez. Júlia o chama:
    — Vem aqui pai. — Médicos e seus costumes. — Pode sentar naquela poltrona ali. Está calma?
    — Não — gargalho aflita.
    — É assim mesmo, primeira ultrassonografia . Posso determinar com precisão a idade gestacional e também faço já a chamada translucência nucal — Eu li uma vez sobre esse exame, é feito estourando as quatorze semanas de gravidez.O principal objetivo é ajudar a detectar o risco de Síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas, ou seja, esse exame verifica a quantidade de líquido acumulado na nuca do bebê, indicando algum problema ou não. — Posso determinar com precisão sua idade gestacional.
         Ela aplica o gel em minha barriga. Gelado! Arrepio. Seguro a mão de Micael, sentando ao meu lado; Júlia, então, liga o aparelho de ultrassom, escreve alguns dados e logo encosta o aparelho em mim. Ele apertou minha mão com força.
          — Vejamos quem está aqui. — Doutora brinca. — É um só, tudo bem. — Respiramos aliviados.
         Começa a passear com o aparelho por todo o abdômen e congelava as imagens que precisava. Ele era tão pequeno, tão indefeso, tão angelical. Vejo que numa das imagens ela traça uma linha medido a extensão da cabeça até os pés.
         — Treze semanas, querida. — Ela diz enquanto escrevia algumas medidas na imagem congelada.
         Não entendia direito o que ela mostrava, então Júlia explicava e explicava com a maior calma e tranquilidade do mundo. Micael pergunta:
       — Já dá para saber o sexo?
       — Sim, com treze semanas já é possível, mas o bebe de vocês não quer mostrar não. — Gargalhamos juntos.
       — Está tudo bem com ele, Doutora?
       — Está ótimo. Está no lugar certo, sem nenhum tipo de anomalia, não vi nenhum tipo de doença e nem de imperfeição, mas aí precisamos do primeiro morfológico para visualizar má formações nos pés, nas mãos, face, coração, coluna — Respiro aliviada novamente. — Agora vamos ouvir o coraçãozinho?



Amores, desculpem o horário da postagem mas esse final de semana foi agitado por causa do meu aniversário enfim... Obrigada pelas mensagens que deixaram me desejando parabéns. Fiquei emocionada kkk Espero que tenha gostado do capítulo, no próximo tem um momento MUITO fofo. Aguardem

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 153


— Me perdoa por tudo, tudo o que falei. Eu te peço. Prometo tentar fazer disso o melhor acontecimento de nossas vidas. Prometo me esforçar para aceitar essa irresponsabilidade, prometo, meu amor. Mas eu só consigo se estiver comigo, se estiver ao meu lado, me dando força.
— O que eu mais quis é ficar ao seu lado. Desde o começo.
— Eu sei, mas eu fui idiota.
— Você estava fora de si. — Ela deita com a cabeça apoiada em minha perna. Faço cafuné em seus cabelos. — Sophia, eu entendo que a gravidez não foi planejada, sei que eu e você fomos pegos de surpresa, mas se aconteceu é porque tinha realmente que acontecer. Não tem essa de irresponsabilidade, de erro e nem de culpa. Pensa pelo lado bom, esse bebê é fruto do nosso amor. Tem tantas mulheres aí pelo mundo que ou não podem ter filhos ou os filhos morreram ou estão sem eira nem beira. — Beijo a extremidade de sua cabeça. — Eu me sinto privilegiado pela a mãe do meu filho ser você, ser essa mulher de coração tão bom.
— Você é surreal. — Olha para mim — Obrigada por tudo. 
Permaneço em silêncio.
— Já percebeu, Micael? Sempre sou eu que te trato mal, sempre sou eu que dou motivo para briga, sempre sou eu que te deixo triste. Isso desde quando ainda não namorávamos. Sempre eu...
— Para com isso. Não tem essa, Sophia. Esse é seu jeito, é o seu gênio.
— E sabendo disso, você continua gostando de mim?
— Claro. Não fui eu quem escolheu gostar de você. Foi uma escolha involuntária.
— Você quer isso mesmo, Micael?
— O que eu mais quero no mundo é ficar com você.
— Você sabe que nós somos diferentes.
—  Sophia, você já falou isso comigo antes. É importante que não sejamos iguais, nós aprendemos coisas novas todo dia. Não teria graça namorar com um espelho, teria?
— Não. Eu deveria ter te agarrado quando você me deu aquela carona.
— Porque deveria?
— Ué, aí já estaríamos juntos antes.
— Então pensando assim, também deveria ter feito.
         Com uma das mãos seguro sua nuca enquanto a outra aliso os cabelos lisos. Puxo - a para mim, colando o máximo possível nossos corpos. Beijo-a com calma, explorando cada canto de sua boca, minha mania. Ela deposita alguns selinhos e acaricia meu cabelo.
— Posso? — Refiro-me a tocar sua barriga.
— Pode.
— Eu te amo — Sussurro para o bebê e beijo-o.

                                                                                              ...


Espero Sophia pegar no sono e a levo para o seu quarto. Retiro o seu sapato e a cubro. Beijo-a na testa e desço. Já é 02h10. Apago as luzes e desço para pegar meu carro. Não paro de repetir que aquela era a minha Sophia, a que tem um coração tão grande, tão bom. Esperei tanto para ela cair na real, perceber tudo o que fez. Creio que hoje foi um recomeço. 

Gente, to curtindo tanto essa vibe da fic. Sério, amo vocês.
Então amanhã não vou conseguir postar porque é meu aniversário e tal kkk postei hoje para não deixar sem!

VOCÊS QUE VÃO NA BIENAL!!!
Por favor, me chamem no twitter (@sophirulipando) 
SÉRIO, quero encontrar vocês lá. Qualquer coisa deixem o user aí em baixo que eu chamo. Por favor, amorinhos!

E outra coisa, podem ficar CALMOS kkk ainda temos um tempinho juntos até a Reta Final propriamente dita. Quando for a hora aviso. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Without you I don't live - Capítulo 152


— Vem. — Levanto e sigo o para o sofá. — Melhor aqui.
— Melhor mesmo. Estou com uma dor terrível na lombar.
Sento de frente a ele.
— Micael, me perdoa? Me perdoa por tudo que falei, por tudo que fiz, por ter te magoado, por ter estragado o nosso momento, por ter praticamente destruído seu sonho, por não ...
— Sophia tudo bem. Fica calma, respira.
— Desde que você saiu daqui, eu não parei um dia sequer de pensar em tudo o que fiz e Ontem depois de tudo eu consegui perceber essas besteiras. Pelo amor de Deus,me perdoa. — Minhas mãos extremamente trêmulas,pior que uma criança quando tem um pesadelo.
— O que aconteceu ontem?
— Foi tipo um sonho, porém era realista demais. Estava só eu e um bebê — Ele me encara— E esse bebê falou comigo, juro. — Sinto meus olhos marejarem — Ele falou que me amava e que não entendia pelo qual motivo o tratava mal. Ele falou que se eu não parasse de ser assim, Deus iria tirá-lo de mi...mim
— Não precisa chorar, meu amor. — Segurou meu rosto com as mãos. — Não foi real.
— Foi sim, eu sei que foi. Eu tenho certeza que era o nosso bebê querendo falar comigo.
—Por que tem tanta certeza? — Encarava-me incrédulo
— Porque eu pude falar com ele e percebi o olhar triste. Ele me disse que o que estava fazendo o machucava, mas a última coisa que eu quero nesse mundo é machucar nosso filho. Pelo amor de Deus , Micael. Eu te suplico. Me perdoa, não me deixa sozinha, eu preciso de você ao meu lado para sempre. Você é o meu combustível, é meu alicerce, é meu ponto forte. Sem você eu não vivo, meu amor.

POV Micael.

Ela falava entre soluços e respirações profundas. Seco as lágrimas com delicadeza. Já estava agoniado por vê-la naquela forma.
— Sophia o que importa é que você se arrependeu das coisas que disse.
— Mas Ele disse que o machuquei. Que mãe é capaz de machucar o filho? Ele disse que me amava e que não tinha culpa.
— Aí amor — Seguro para não chorar junto. — Se ele falou com você foi para te alertar, foi para te mostrar o que estava fazendo. Sophia já falei que o importante é que já se arrependeu.
— Me perdoa? Diz que me perdoa. Eu não consigo continuar sem você do meu lado. 
— É claro, minha linda.O que eu mais quero no mundo é ficar do seu lado, do lado do nosso filho. Eu entendo todos os motivos que te levaram a falar as barbaridades que disse, entendo seus motivos para chorar, entendo tudo isso; porém se nós dois estivermos juntos, unidos como sempre fomos, todo essa insegurança e medo vai passar. Essa aqui é a verdadeira Sophia, a minha Sophia. Aquela garota por quem me apaixonei enlouquecidamente, por quem mato e morro se preciso for. Para mim, esse bebê chegou tão de surpresa quanto para você.

— Você sabe que meu sonho sempre foi construir minha família, mas isso não estava nos meus planos. Tenho medo de estragar tudo isso, tenho medo de não ser uma boa mãe.
— Pode ter certeza que se não pudesse ser uma boa mãe, esse bebê não estaria aí. 

Amorinhos, tem algumas coisas que queria falar nessa nota, lá vai:
1°: Obrigada por todo o carinho com a fic, comigo, com essa história.
2°: Estou amando os comentários e interações de vocês aqui, continuem assim kkk.
3°  Como devem ter percebido (espero kk) eu posto aqui nos dias pares, quando posto fora desses das é bônus mesmo, ou por não ter conseguido postar no dia certo.
4° Sexta agora é meu aniversário, então não sei se dá pra postar. Qualquer coisa recompenso...
5° Alguém aí vai no lançamento do livro da Sophia na Bienal no Rio?
6° Ontem eu e minha beta organizamos toda a fanfic, sendo assim, reta final está chegando. Mais perto aviso para prepararmos os corações 

Ufa kkk nota imensa socorro!! Mil beijos e Comentem aí.
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