Without you I don't live - Capítulo 175
Acordo
mais cedo que ela para ajudar o Renato na escolha da tal viagem que queria
fazer. Levanto e dou um beijo em sua cabeça e entro no banheiro. Agora tudo
estava mais tranquilo.
Faço
todas minhas higienes, visto uma calça de moletom cinza e um casaco preto, está
realmente frio.
Saio
do quarto dela e como sempre, fico alguns minutos fitando aquela foto dela
ainda criança. Será que nosso bebê vai
ser tão lindo assim? Sigo até a cozinha,
Renato mexia no computador encostado no balcão.
—
Bom Dia! — Comprimento aos dois e sento ao lado dele.
POV Sophia
Fico na cama até mais tarde, impressionante como meus pés
doíam, na verdade, hoje tudo está doendo.
Apesar disso, estou radiante, com um sorriso fixo no rosto, por
tudo o que aconteceu hoje. Feliz por meus pais aceitarem tudo isso, feliz por
estar junto das pessoas de quem eu amo e por incrível que pareça, sem nenhuma
desavença.
Combinei passar uma tarde com minhas antigas amigas aqui de São
Paulo, éramos bastante unidas, mas acabou que cada uma foi tomando um rumo
diferente. Vou andando até o banheiro com passos pequenos e lentos, ligo o chuveiro
na temperatura mais quente que tinha.
Não demoro muito no banho para não atrasar o encontro com as
meninas. Enrolo-me no roupão e abro minha mala, coloco minha meia calça fina
preta; uma saia de couro também preta dois palmos e meio acima do joelho e uma
blusa cinza com detalhes em vermelho de uma lã mais fina.
Procuro minha queridinha no meu armário e lá estava ela, num
canto quase nada gasta. Minha bota over the knee preta. Ainda bem que minha mãe
não mexeu nela, foi difícil encontra-la, tanto que comprei pela internet e de
um site internacional ainda. Torço para entrar nos meus pés um pouco inchados.
Ela tem um salto bem fino, o que me causava certa preocupação
por já estar cansada.
Faço o meu tratamento de pele e aplico uma leve maquiagem. Tiro
meu celular do carregador.
— Três e meia?! — Assusto. — Como assim? — Pego meu sobretudo
preto de dentro da mala, minha bolsa e desço correndo.
— Boa Tarde, não é, filha? — Minha mãe me olha dos pés à
cabeça. — Já vai sair?
— Marquei um encontro com as meninas.
— Ai amor, manda um beijão pra elas. Fala que podem vir aqui em
casa quando quiserem.
— Ok. — Beijo-a no rosto — Cadê o Micael?
— Serve eu? — Levo um abraço por trás.
— Serve. — Gargalho enquanto ele distribuía alguns beijos em
meu rosto.
— Aonde vai assim, toda arrumada?
—
Sair com minhas antigas amigas.
—
Ah sim. Vai demorar?
—
Não sei, mas não pretendo porque amanhã voltamos cedo para o Rio.
—
Vão que horas? — Minha mãe fecha o livro que lia e cruza as pernas.
—
Nosso voo é 11h30.
—
Nossa gente, poderiam marcar para depois do almoço.
—
Mãe, segunda começa tudo outra vez, o melhor é voltar no domingo cedo mesmo.
Beijo
os dois, pego a chave do carro da minha mãe e vou para a garagem.
[Rio de Janeiro, 23 de
julho de 2014, 18h31]
—
Você não vai comigo mesmo? — Micael fica sobre mim enquanto segura meu pescoço
—
Não, já falei que tenho aniversário para ir.
—
Eu realmente não entendo você. Prefere ficar aqui e ir no aniversário desse seu
amigo a ir comigo para gravação.
—
Não é assim, amor. Ele me chamou primeiro, já tinha combinado.
—
Mas eu sou eu, cara. — Micael senta ao meu lado.
—
E o Lucas é o Lucas. Qual o problema?
—
Problema que é comigo que você tem um relacionamento e não com ele.
—
Ah pelo amor de Deus. Ciúmes agora?
—
Lógico, você acha normal isso o que quer fazer?
—
Se você tivesse falado antes com certeza iria, mas ele me chamou primeiro.
—
Amor, o que quero que entenda é que se fosse ao contrário, eu iria te
acompanhar.
—
Lá vem você com essas comparações. Eu não sou assim.
—
Você apenas não valoriza quem está do seu lado.
—
QUE? — Ergo minha postura.
—
É isso mesmo que ouviu. Você não faria por mim nem 1% do que eu faço por ti.
—
Nossa, obrigada — Bato palmas — Obrigada mesmo. — Começo a falar num tom um certo alto. Não aguento ele querer me cobrar tanto. Isso é insuportável.
— Agora vai começar o seu showzinho de sempre? Quem tinha que ficar nervoso aqui sou eu.
— Você está procurando uma briga séria comigo, não é? — Ponho as mãos na cintura e o encaro
— Claro que não. Queria
mil vezes te beijar agora a ter que ficar brigando e brigando.
— Não parece. Você pega uma coisinha pequena e a transforma em algo absurdo.
— Não me chamo Sophia não. Foram raras as vezes que eu briguei contigo. Você é quem leva tudo para a briga, você quem dá motivo, com essa ignorância para iniciar tudo isso
— Que motivo? Você que não sabe compreender.
— Eu não estou chateado por você ir na festa do seu amigo,
estou chateado por preferir ir lá a ir em um evento importante para mim. Eu não
vou insistir mais não. Cada um com sua personalidade, certo?
— Certíssimo.
—
Você só tem que entender que as pessoas que mais te amam e que te apoiam é que
precisam de retorno. Deveriam ter prioridade sempre.
—
Eu concordo com você.
—
Não parece, se fosse assim não colocaria planos de amigos na frente dos meus.
— Você está muito errado. Por que deveria desfazer meus planos
com meus amigos para fazer o que você quer?
— Caramba, eu NÃO estou falando em fazer o que eu quero. Estou
falando em PARCERIA, parceria de vida, cara. Porra! Pensei que por nos conhecermos a tanto tempo você iria
gostar e iria querer fazer parte dos meus sonhos.
— Você sabe MUITO — dou ênfase — bem que eu te apoio e dou a maior força em todos os seus planos. Não venha por isso na história agora.
— Se diz isso, então demonstra.
— Meu Deus,Micael, Hello! — Estalo os dedos na frente
dele — Eu SEMPRE te apoiei, em tudo o que quis fazer, em tudo o que sonhou, muito mesmo antes de sermos namorados. Agora você tem a cara de pau de falar que é para mim demostrar? Faça-me um favor — Volto o olhar para a televisão, porém ainda sinto que ele estava com os olhos fixos em mim. Até tento resistir em não falar mais nada para não aumentar a briga, mas eu falo assim mesmo. — Você está usando o fato de eu não poder ir contigo amanhã como se fosse o meu maior erro. Sinceramente, isso está me cansando
— Esse não foi seu maior erro, teve outros piores.
— O que quer dizer com isso? — Desligo a televisão e aumento ainda mais o tom de voz, nem me preocupo com os vizinhos agora. Falta pouco para me tirar do sério.
Respiro
— Já falei o que tinha pra dizer. Você se preocupa com quem mais te favorece, com quem mais...
— Ok. O LUCAS ME FAVORECE EM QUÊ, ENTÃO? — Interrompo sua frase.
— Isso você que tem que dizer. Parece que ele merece mais sua atenção não é?
— Lógico que não. Se fosse assim, eu estaria com ele agora e não com você. Eu namoraria ele e não você.
— Mas amanhã você vai ficar com ele e não comigo, e aí? Qual a desculpinha agora?
— Desculpa nenhuma. Pra falar a verdade não sei o motivo dessa briga ridícula.
— Motivo nenhum, eu que sou maluco mesmo por querer que você demonstre mais esse amor que diz que sente.
— ESTÁ DUVIDANDO DO QUE EU SINTO? É ISSO MESMO?
— ...
— RESPONDE. POR QUE SE FOR, NÃO ENTENDO O MOTIVO DESSE ANEL AQUI.
— CHEGA! Não vou falar mais nada. — Ele levanta, calça o tênis e desce.
— Vai embora assim?— Grito mais alto ainda, já com as mãos suando.
— Vou.
— NÃO. — Paro na frente dele, bloqueando o caminho.
Tenho uma vertigem, porém seguro o corpo para não aparentar nada.
— Com licença, tenho que arrumar minha bolsa.
— Vai sair com a gente assim?
Ele dá a volta por mim, pega a chave do carro e a carteira em cima da mesa de jantar. Sigo-o apenas com o olhar para ver se realmente iria sair desse jeito.
— É difícil entender que eu não estou indo contigo porque já tenho um compromisso?
— Não está indo porque não quer mesmo. Você nem grava amanhã para querer colocar isso como outra desculpa.
— Eu não falei nada sobre isso. Entende logo, meu. Eu já tenho um compromisso para amanhã, porque deveria desmarcá-lo para ir contigo só para não ficar nervoso?
— Já estou vendo que não entendeu o motivo de nada que falei.
— Não entendi mesmo.
Encosto as costas na parede e apenas o observo saindo dali. Estou tão cansada dessas briguinhas, é tão difícil ter um minuto de paz com ele.
Amores, tudo bem com você?
Então, tirei o gesso quinta- feira, mas o pulso ainda doí e só com a fisioterapia mesmo para voltar ao normal. Sendo assim, meus movimentos ainda estão restritos, um deles é o de digitar. Como estou digitando devagar, preciso que tenham calma quanto a atualização de capítulos. E outra coisa, agora é final do ano e tem fechamento de notas, vestibular, provas e recuperação, ou seja, o ritmo vai diminuir assim como os capítulos.
Tive que diminuir ainda mais a fanfic, porque preciso acabar de postar até Dezembro, porque em Janeiro tenho um vestibular importante e como é reta final preciso de mais dedicação. Vamos com fé e calma para ver no que vai dar.
Obrigada por todas as mensagens de melhoras.
Comentem e por hoje chega de notas finais kkk