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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 145


[Rio de Janeiro, Brasil, 02 de Julho de 2014, 05h49]

 Ontem foi um dia mil vezes mais agitado que terça, quando retornei às gravações. Tive uma reunião com os diretores, produtores e roteiristas da novela, mas hoje é que vou receber a resposta do futuro da Luísa.
   Voltei para a casa bem tarde por conta de todo esse problema que a gravidez causou, contudo até que essa rotina me fez esquecer um pouco das ocorrências com o Micael e também a briga com a Lua.  
Eu quero resolver tudo isso, principalmente com o Micael. É horrível ficar sem falar com ele, sem vê-lo, sem senti-lo. Eu quero tanto, tanto ...  
  Acordo pelo susto que levei ao ouvir o despertador. Encosto na cabeceira da cama. Ai quero dormir mais!  Vou igual uma tartaruga tomar uma ducha, infelizmente estava muito frio para receber a água gelada no corpo.
  Sinto algumas pontadas na lombar, até prendo a respiração por alguns segundos.  Apressadamente termino o banho, enrolo-me no roupão e vou para minha penteadeira fazer meu tratamento contínuo.
 Aplico uma linha de hidratante para o rosto. Desde que descobri esse produto da MAC foi praticamente uma salvação. Previne a desidratação e ainda o envelhecimento precoce. Deixava o dia até mais animado. Gargalho sozinha no quarto.
  Termino o tratamento, aplico apenas um delineador de lábios e vou para o armário.  Olha só que está querendo dar o ar da graça! Brinco parando de lado para o espelho.
  Pego-me sorrindo feito boba para meu reflexo. Foco Sophia, Foco. Coloco uma calça pantalona jeans em arranjo com uma blusa de manga longa em Chiffon Branca e um blazer também Branco. Prendo o cabelo novamente em um rabo de cavalo alto. Agarro minha bolsa preta e desço correndo até o elevador.

[...]


— Minha princesa! — Lucas corre para me abraçar — Você não faz ideia do quanto fiquei preocupado.
— Rafa me contou já — sorrio.
— Você está bem?
— Estou. — Ele me ergue por alguns minutos.
— Tem certeza? Bem mesmo?
— Tenho, não precisa ficar preocupado.
— O que houve para você dar esse susto nas pessoas?
— Depois eu explico direitinho, agora tenho que ir correndo falar com o Daniel.
— Ok, no horário de almoço você conta.  Eu senti sua falta.
— Já te falaram que você é um amigo muito fofo? — Beijo seu rosto.
— Para de gracinha, eu estou falando sério. Senti falta até das suas reclamações de dorzinhas.
— Olha só como trata minhas dores. — Bato em seu braço. — Vai para a caracterização logo.
  Lucas retribui o beijo e vou para a sala do diretor.  Confesso que já tremia por inteiro. Não poderia perder essa oportunidade para minha carreira, muito menos ficar marcada por essa irresponsabilidade.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 144


— Nossa, já está assim?
— Já — Ele ri — Hoje mesmo já converso com a equipe e amanhã espero já estar com a solução, mas agora continuamos as gravações com as cenas já propostas.
— Ok, agora posso ir?
— Claro que pode. Já voltou com topo vapor.
— Sempre!
  Saio da sala dele sorrindo de orelha a orelha, pelo menos meio caminho estava andado, agora falta só a resposta para saber que fim dará a Luísa.  Pensei que seria diferente, mas enfim, pelo menos ainda posso gravar essas cenas. Tomara que essa irresponsabilidade não seja levada em conta.
  Entro na caracterização e dou de cara com a Rafa.
— Amiga! — Pulou sobre mim. — Você está bem? Mandei um monte de mensagens, mas não me respondeu.
— Desculpa amorzinho, para falar a verdade nem olhei meu celular direito.
— Tranquilo. Você está bem? O que aconteceu?
— Nada demais, foi só um susto.
— Conta as coisas direito.
Sento na cadeira ao lado dela.
— Mais tarde te conto tudo. Agora tenho que terminar aqui para correr e gravar as cenas atrasadas. Lucas vem gravar hoje?
— Ele gravou bem cedinho e já foi embora.
— Nossa, já? Está podendo mesmo.
— Sophia, ele só falou de você nessa semana que ficou internada. Juro, não aguentava mais ele falando que estava preocupado, que queria ir te visitar, que queria ter notícia.
— Amanhã eu falo com ele, tadinho. — Faço bico.
— Você é muito comédia, meu Deus!
— Quem vê até acha que é verdade.
 Já estava com o cabelo cheio de cachos nas pontas, com uma leve sombra dourada e um batom cor de rosa, e um vestido longo florido. A cena agora seria de Luísa com o Pedro, personagem do Victor, meu par romântico.
 Não queria falar para todo mundo da gravidez agora, mas toda pessoa que encontrava me perguntava do motivo da internação e por ter sumido essa semana. Estava complicado toda vez falar redundâncias.

 É tanta coisa na minha cabeça, muita confusão. Estou sem falar com o Micael e também com a Lua. Queria que fosse diferente. Apenas.

[...] 

domingo, 26 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 143

Beijo-a no rosto e subo para o meu quarto. Sinto como se carregasse um elefante e meio nas costas.  Queria só que fosse diferente, que essa gravidez não fosse um erro para ela, mas sim o resultado de tanto amor. Só que agora, quem cansou foi eu.
   Não vou correr atrás, não vou mais buscar resolver nossa situação e muito menos vou querer mostrar as besteiras que ela vem fazendo. Já estou farto de tantas apunhaladas.

[Rio de Janeiro, Brasil, 30 de junho de 2014, 10h31]

Não procurei o Micael durante esse final de semana, estava mais preocupada com o dia de hoje. Não sei como ficará meu trabalho, minha personagem, nem o rumo de tudo isso. Marquei com o Daniel para conversarmos e resolver tais pendências.
   Os nervos já estavam a flor da pele. Estaciono o carro, pego minha bolsa, arrumo a calça jeans que já estava apertada e vou até a recepção do estúdio da novela.
  Sigo o corredor até chegar na sala do diretor, por sorte ainda não encontrei nenhum dos meus amigos.
— Licença! — Dou duas batidas tímidas na porta e a abro.
— Oi Sophia — Daniel veio ao meu encontro, abraçou-me e beijou meu rosto. — Fico feliz e um tanto aliviado em te ver.
— Obrigada. — Ele aponta para a cadeira e sento.
— Então, você está melhor? Que susto deu, hein!
— Coloca susto nisso — Solto um riso retraído — Agora estou melhor, Graças a Deus.
— Mas o que foi que aconteceu?
— É sobre isso que vim falar com você. Eu estou grávida — Ainda soa estranho.
— Verdade?  Parabéns, meu amor. Que esse bebezinho venha com muita saúde e trazendo muita alegria tanto para você quanto para a gente. — Ele levanta e me abraça novamente.
— Obrigada. — Agradeço mais uma vez — Antes, eu queria pedir desculpas sabe.
— Não precisa pedir desculpas não. Pode ter certeza que um dos seus menores problemas agora é a gravação.
— Como que vai ficar?
— Isso vou ter que conversar como resto da direção para sabermos o destino da Luísa, se vai ser possível incluir a gravidez na trama ou não.  Você já sabe quanto tempo está?
— Certinho não, mas essa semana tenho uma consulta aí fico sabendo e te falo.
— O término da novela está previsto na última semana de outubro, até lá creio eu que a barriga já aparecerá, então não dá para esconder. Enfim, isso é minha opinião, mas tenho que levar o assunto para a equipe e depois dou uma resposta. Pode ser que a Luísa também fique grávida, imagina.
Gargalhamos juntos.
— Eu não sei nem como agradecer pelo carinho, pela confiança, pelo apoio. Prometo que hoje mesmo já começo a dar o meu máximo nas gravações para repor tudo o que perdi.
— Pode ficar tranquila, nós confiamos em você e sabemos do seu potencial como atriz.
— Eu Amo você, sério. — Dou vários beijos no rosto dele.
— Bem-vinda mascotinha — Ele beija minha barriga, a princípio me retraio. Não estava acostuma com essa mania que as pessoas têm em beijar barriga de grávida.
— Bem-vinda? — Indago-o

— Acho que é menina. 


Por favor galera, eu quero ver a interação de vocês comigo e com o blog. Estou dando  o coração para ter tempo de postar e não acabar com a fic. Não acho justo com vocês terminar assim no meio do nada, mas como disse antes, o que mais me motiva a continuar- mesmo não podendo- aqui são vocês, são os comentários, as visualizações, as críticas e os elogios. Infelizmente, se eu ver que o outro lado não está colaborando, vou parar com isso aqui, já que de nada adianta ficar me virando em quinhentas para continuar a escrever se as pessoas não dão nem uma resposta. Enfim, já falei antes também que não gosto de ficar enchendo os capítulos de notas, avisos e pedidos, mas dessa vez é verdadeiramente relevante. Quero que saibam que eu realmente amo esse blog, amo WYIDL, já fazem parte de mim, mas não adianta eu me doar em vão. Beijinhos, qualquer coisa falem comigo no twitter ou em outro lugar que quiserem kkk. 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 142


— Não quero mais.
— Só um minuto. O que te custa?
— Custa muito. Eu já estou destruído por ontem, quer me destruir mais?
— Lógico que não. — Aproximou-se de mim — Por favor, um minuto!
— Ontem você tinha todo o tempo do mundo. E o que fez? Só me machucou, então hoje quem não quer conversa sou eu. — Vou em direção a porta.
— E nós?
— Quanta hipocrisia da sua parte em me perguntar isso. Ontem, Sophia, eu praticamente caí aos teus pés. Disse que estaria contigo para tudo e para sempre. E pergunto novamente. O que fez? Você não quis. Agora é você que decide como nós ficamos, porque quem abriu mão disso tudo não fui eu.
— Para com isso.
— Você sabe que eu te amo, e amo mais que tudo nesse mundo. Quando decidir aí você me procura, porque eu realmente cansei de ser otário, de você pisar em mim e fazer o que quiser. Nem parece que me ama o tanto quanto diz.
— Eu amo você SIM!
— Não parece. Quem ama não fala nem um terço do que falou.
Deixo-a parada e saio do condomínio em busca de um táxi.

[...]


— Micael, por que não atendeu minhas ligações? — Entro desatento em casa e minha mãe vem logo ao meu encontro.
— Ai Desculpa — sento no sofá — Estava sem condições para falar.
— E por causa disso eu fico sem notícias da Sophia? Afinal, o que ela tem?
— Você vai ser vovó — Gargalho.
— Ai meu Deus! Está falando sério? Peraí que agora eu que estou sem condições. — Senta ao meu lado com as mãos sobre a boca.
— É sério.
— Ai Meu Deus! — Ela repete, dessa vez olhando para mim — Minhas crianças agora vão ter um bebê. — Sorrio para ela. — E a Sophia? Como ela está?
— Na verdade, nem sei se ela é a mesma por quem me apaixonei.
— Não diz isso, meu filho. — Abraço-a — O que aconteceu?
— Se a senhora ouvisse tudo o que ela me falou ontem e hoje mais cedo iria concordar comigo.
— Fala o que foi que ela falou, Micael! — Minha mãe afaga meus cabelos — Ela te maltratou? Fala que já estou agoniada.
— Falou atrocidades sobre a gravidez, sobre o bebê, sobre nós dois, sobre tudo.
— E você?
— Eu procurei não brigar com ela, mas não aguentei.
— Poxa filho, você a conhece muito mais que eu, sabe muito bem como ela é. Cada mulher reage de algum jeito quando descobre uma gravidez. Sophia ficou assustada, isso é normal. Dê um tempo para ela pensar.

— Mãe, por favor, desde quando é normal a mulher desejar morrer a ter um filho? — Levanto.
— É, realmente
Permaneço em silêncio, apenas a encarando.
—Filho, nunca, em toda minha vida, eu vi um amor tão lindo e tão recíproco quanto o de vocês. Isso tudo é só uma fase, confio que daqui a pouco tudo melhora.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 141


Por ora desenvolve em mim uma vontade insensata de entrar naquele quarto, onde creio que Micael estava, e resolver enfim essa situação. Admito que eu não venho sendo uma boa pessoa, tampouco uma boa namorada, mas ele ao menos se dispôs a entender meu lado. Muito fácil falar que está tudo bem, quando o seu lado é o menos afetado. Entro no meu quarto e esmurro a porta. Lanço-me bruscamente para minha cama.

[...]

  Como havia previsto, não consegui ficar dentro do quarto. As paredes de lá pareciam despencar em minha direção. O teto então, tinha a sensações que a qualquer segundo também desabaria sobre mim.
   Levanto rapidamente e meu celular vai de encontro ao chão. Isso mesmo, burra, quebra a merda do celular! Solto em voz alta. Apanho-o e olho as horas. 3h27.  Realmente estava tudo dando certo. Sorrio sarcástica. Atiro-o novamente para a cama, desço as escadas e vou até a cozinha, derrubando tudo o que aparecia pelo caminho. Bebo um copo de água tão gelada que passou ardendo pela garganta, em seguida subo mais uma vez para o meu quarto e entro no banheiro.
  Começo a remexer todos os armários buscando um calmante reserva. Pego apenas um comprimido, apesar da vontade ser de tomar todos da caixa, não queria morrer intoxicada e nem fazer mal ao bebê.  Agora não, pelo amor de Deus, agora não! Refiro-me à leve tontura que senti. A agitação em meu corpo sobressaía-se da raiva. As mãos agora estavam geladas e muito mais trêmulas. Pego o celular estirado na cama e desço mais uma vez para sala. Estou desnorteada aqui, sinto-me sufocada. Oro para o dia amanhecer nessa cidade.

Micael Narrando
 Não consegui pregar o olho durante a madrugada inteira. Ouvi cada passo da Sophia e todas as coisas que havia derrubado lá embaixo. Nesse momento só queria sair daqui sem que ela percebesse, não queria ouvir sequer uma palavra da boca dela. Ajeito apressadamente a cama, Coloco o celular já descarregado no bolso junto com a carteira. Por Deus, teria um táxi a disposição, até porque Rio de Janeiro começa antes mesmo do dia nascer.

  Saio do quarto calmamente e vou até a escada, porém tudo cai em terra quando a vejo sentada no sofá, imóvel, olhando alguma coisa que não faço ideia do que seja.
— Onde vai? — Ela falou tão rouca que por um momento quis tomá-la em meus braços e a encher de beijos.
— Vou embora. — Termino de descer as escadas e paro na frente dela.
— Não, precisamos resolver nossa ... — Sophia encarou-me com um olhar vazio.
— Hoje não, por favor, eu não aguento mais.
— Eu também não aguento mais, Micael.
— Eu falei que hoje não! Vai descansar que pelo jeito não conseguiu dormir que nem eu.
— Nem mesmo meu remédio adiantou. — Ela fala ainda mais fraca. — Mi...Micael me dá um minuto. 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 140


— E você acha que eu estava? — Ela senta virada para porta, permaneço em pé nas escadas. — Da mesma forma que foi surpresa para você também foi para mim. Eu sei que agora não era o momento, não era a hora, mas nem por isso eu estou xingando Deus e o mundo, nem por isso me afastei de você, nem por isso estou lamentando.
— É porque não são os seus planos e sonhos que estão destruídos.
— Não mesmo. — Aproximo-me mais um pouco — Até porque filho não veio para destruir nada, veio para multiplicar alegria.
— Só se for para você. — Ela levanta novamente e vai até meu encontro — Quer saber Micael, eu sinto nojo de mim por não ter prevenido. Sinto raiva, ódio só de pensar que tem uma criança aqui.  — Gritou — E se para você essa gravidez foi ótima, não posso fazer nada. Para mim foi um erro sim, foi a pior coisa que poderia ter acontecido comigo. E tem mais, se eu pudesse pedir a Deus para sumir com tudo isso eu pediria. SE EU MORRESSE AGORA SERIA MELHOR — Permanecia a gritar.
— CHEGA, SOPHIA, CHEGA! — Seguro-a pelo braço — Já falei que não tem essa de querer ou não querer. Se quer definir isso como um erro, o problema é teu, só digo então que é um erro irreversível. PARA DE FICAR SOBRE ESSA MÁSCARA AÍ. Meu Deus, cadê a MINHA SOPHIA? AQUELA QUE EU AMO MAIS QUE TUDO? Chega! Eu não aguento mais ficar nessa situação.
— Entende como está sendo difícil para mim.
— A mesma proporção que é difícil para você, também é para mim.
— Não é nada. Eu sempre quis ter uma família de comercial de margarina, família grande, bonita. Sempre sonhei. Mas agora não é o momento de criança nenhuma nascer.
— Não tem essa de momento certo mais não.
— Tem sim, agora estou focada no meu trabalho, apenas e apenas no meu trabalho.
— Eu realmente cansei de discutir com você. Mas só quero dizer que de que adianta ser bem-sucedido, ter fama, ter mares e rios de dinheiro se quando chegar em casa não tiver ninguém para conversar, não tiver ninguém para brincar ou contar de como foi o dia no colégio. Não ter ninguém para dizer que sentiu sua falta. De que adianta ser uma excelente profissional se não ter uma família? — Solto o braço dela e vou até o quarto de hóspedes.

 Queria apenas chorar, sim, chorar. O que ela falara doeu tanto que chega a ser imensurável. Esperava tudo dela, juro, esperava qualquer erro, qualquer briga, qualquer coisa, esperava até que terminasse comigo, mas nunca ouvir tudo o que ouvi sobre o bebê.
 Realmente aquela não é a garota por quem me apaixonei desde o primeiro momento que vi. Não é aquela menina companheira, parceira e amiga. Sophia realmente está fora de si.
 Como que ela pode falar tanta besteira assim. Ai meu filho, não escuta o que a sua mãe disse não, falo mentalmente para o bebê.
 Penso em sair daqui, sair andando sem rumo por aí apenas para fugir dela, mas no estado em que estava só iria causar mais problemas.


Sophia Narrando. 
Sento no sofá ainda com os punhos cerrados. Sinto meu sangue efervescer e os músculo constringiram-se. A cabeça estava a ponto de explodir de tão quente que estava. As mãos começaram a tremer, esforço-me para segurá-las contra meu corpo. A pressão na cabeça dilatou-se.Hasteio meu corpo, rígido e pesado, e subo até meu quarto.
  
Amores, essa semana fiquei lotada de aniversário dos meus amigos, sem brincadeira, todo dia tinha alguma coisa. Aí não consegui postar, mas agora nas férias vou tentar seguir um cronograma certinho.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 139




— Vai ficar nessa até quando? Hein? Me responde? — Ele grita do outro lado da porta.
— Vou ficar nessa até achar que devo ficar.
— Abra a porta!
— Não quero.
— Abre isso logo, meu amor. Você está esquecendo quem sou eu? Eu sou seu namorado, que antes era seu melhor amigo, seu confidente. Quantas vezes, Sophia, você chorou no meu colo? Foram tantas vezes e agora que é uma hora que ambas partes precisam de ajuda você não quer nem olhar na minha cara. Pelo amor de Deus.
— Eu preciso desse tempo.
— Sem essa.
— Parece que não entende a dimensão do que aconteceu.
— Entendo. Entendo muito bem, Mas EU estou FELIZ. É CRIME?
— QUE BOM!
— Abre a porta, por favor. Não precisa ficar assim comigo.
Abro a porta e volto correndo para a cama. Escondo o rosto no travesseiro.

— Amor — sentou ao meu lado. — Não faz isso. Olha para mim. Por favor, Sophia. Eu não sei nem mais como suplicar para você não fazer mais isso. Não chora.


Micael Narrando.

— Micael, eu não acho que agora é uma boa hora para falar comigo.
— Deixe-me ficar contigo, eu suplico.
— Não, melhor ir para sua casa.
— Eu não estou mais aguento isso. Desde que o médico falou da gravidez, está impossível conversar com você, impossível te dar carinho. — Ela ergue a cabeça que estava a meio dos travesseiros. O rosto estava um pouco inchado de tanto chorar, pressuponho. Minha alma fica angustiada por ver aquele olhar infeliz, meio perdido, meio preocupado. Talvez os dois. — Em todo momento eu quis ficar perto de você, quis amparar-te e proteger-te, mas você em momento algum aceitou tais ações.  Poxa! — Aperto as mãos com força para paralisar o tremor. — Será que poderia ficar feliz? Só um pouquinho?
— O que você quer para me deixar em paz? — O mundo estava desabando ou era só impressão? Pergunto para mim.
Ela nunca falou nada parecido com isso para mim. Realmente não estou sabendo mais quem é ela realmente.
— Como assim te deixar em paz?
— Eu apenas não quero mais. Já deu.
— Não quer mais o que? Namorar comigo? É isso? — Endureço-me por inteiro, temendo a resposta dela. — Responde Sophia, É isso que você quer?
— Não foi isso que eu falei.
— Mas é o que quer dizer.
— Está Maluco? Eu não disse nada disso.
— Apenas disse para mim que não queria mais. — Fecho os olhos por alguns milésimos de segundos.
— Eu não me referi ao nosso namoro.
— Referiu a que então? — Fixo o olhar para ela.
— Não quero mais gravidez, não quero mais filho nenhum, não quero mais chorar, não quero mais falar sobre isso.
— Você tem noção o quanto me machuca falando coisas assim? — Sophia permanece estática, observando o nada! — É um filho nosso.
— E ... ? — Falou como algo inútil.
— Pensei que significaria algo para você; pensei que você também sonhava em formar uma família comigo, mas vejo que estava errado.
— Quem disse que eu não sonho em formar uma família com você?
— Suas atitudes.
— Você entende tudo errado. Eu não quero um filho agora, nessa fase, nesse momento.
— E qual o problema de ser agora? Um filho é o melhor presente que poderíamos querer. — Levanto.
— Só é presente quando você o deseja, fora isso, é mais um erro.
— Erro?
— Sim, isso mesmo. Eu realmente não aguento mais. — Sophia levanta rapidamente e desce às pressas para o andar debaixo. Sigo-a — Eu não estava preparada para isso.


Amores, uma leitora querida aqui do blog pediu para divulgar a fanfic dela e eu sem querer esqueci de colocar o link no capítulo passado então desculpe Fê rsrs ;) mas está aí 50 tons de Marrom.

domingo, 12 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 138


 Um filho. Um filho meu e da Sophia. Não nego que ainda é estranho, mas eu estou imensamente feliz. A felicidade é sem medida, estou com vontade de sair gritando pela Avenida Brasil inteira que a mulher da minha vida está grávida, vontade de colar na testa que vou ser pai. Sorrio sozinha.  Entendo que a vida vai praticamente virar de ponta a cabeça, mas nada importa quando tem uma benção tão grande chegando daqui a alguns meses.
  Sei que terei noites em claro, terei menos privacidade, terei menos tempo, terei mais trabalho, terei mais gastos e terei mais responsabilidade, porém em contrapartida terei mais amor, mais carinho, terei um parceiro para jogar bola ou uma garotinha para dar dor de cabeça. Sempre foi o meu maior sonho constituir uma família e eu já passei por tanta coisa, tanta mentira,tanta enrolação, tantas pessoas que brincaram com essa vontade, e agora, que é verdade, a Sophia não quer ao menos olhar na minha cara.

 Eu sei também que nada disso foi planejado, e a felicidade que sinto vem acompanhada de medo. É óbvio, contudo, uma coisa é você sentir medo outra coisa é rejeitar a criança como ela está fazendo. Nunca, em hipótese alguma, passaria pela minha cabeça que ela fosse capaz disso. Sophia está fora de si. Aquela não é a minha Princesa. Pelo menos, não foi por isso que me apaixonei.

Sophia Narrando

 Venho direto para o meu quarto, precisava tanto um lugar só meu, precisava tanto de paz. Assim que entrei, não aguentei mais segurar lágrimas nenhuma, deixei-as saírem em paz. Não sabia mais o motivo pelo qual chorava, não sabia porque me sentia tão mal, não sabia porque não conseguia ficar feliz com a existência dessa criança e para falar a verdade, eu não aguento mais.
  Isso tudo é culpa minha. Deveria ter tomados meus remédios, mil e um métodos pra prevenir gravidez em pleno séc. XXI e a otária não faz nada. E agora esse erro...
  Sinto mais ódio de mim, por não conseguir nem olhar para o Micael direito. Pode acreditar, há mais de quatro dias não consigo encara-lo, talvez culpa, talvez vergonha, talvez medo. Não sei, isso é inexplicável.
  Eu sou a pior pessoa do mundo. Além de estragar a própria vida ainda estraga a dos outros. Poderia morrer agora que estava tudo melhor.
— Sophia — Escuto-o me chamando.
— Não Micael, quero ficar sozinha!


Fiquei de postar ontem mas não deu porque fiquei estudando para a prova de matemática de Hoje ( até que enfim semanas de provas acabaram!!). Desculpem o horário também.

P.S: Eu sei que está pequeno, mas foi o que consegui escrever agora.; Ignorem os erros, estou quase caindo em cima da tela  rsrs

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 137




Micael narrando

Já estava impaciente dentro daquela sala esperando a Sophia terminar a consulta. Não sei se ela está bem, se está precisando de alguma coisa. Ô Agonia! Tento uma distração no celular, mas o pensamento era só no que se passava dentro do consultório. Passou mais dez minutos e a vejo saindo com um monte de papéis na mão. Vou ao seu encontro.
— E aí, meu amor? Como foi lá?
— Depois conto com detalhes. Júlia me deu tanto exame para  fazer. — Entregou os papéis para mim. Olho-os um por um.
— Mas está tudo bem?
— Acho que sim,mas ela também me passou tanto remédio. Estou chocada!   Ela sorri
— É normal?   Pergunto preocupado
—  Não sei, Micael. Nunca tive um filho antes pra saber. 
—  Nossa, também não precisa falar desse jeito.
—  Por favor   Virou para mim   Silêncio.
—  Mas Sophia, eu quero saber como foi lá.
—  Eu disse que conto os detalhes depois. Qual parte não entendeu?
—  Ótimo, faz do jeito que achar melhor   Tento dar um beijo nela, porém ela nega virando o rosto para o lado contrário. 
—  Tem horas que eu acho que tudo que está fazendo é uma brincadeira com  a minha cara.
—  Bem que poderia ser brincadeira.   Ela saí andando na minha frente.
—  Ei   corro um pouco para alcançá-la   Para de fazer isso, que merda! Juro que minha paciência contigo já está no limite.
—  Nossa, interessante! Que bom  Sorriu irônica.

Respiro.

— Ela falou pelo menos com quanto tempo está?
— Possivelmente com mais de dez semanas.
— JÁ?  — Aumento a voz, assustado. — COMO?
— Los Angeles,infelizmente. 


[...]

Sophia já estava internada há quatro dias, mas recebeu alta agora de manhã. Não tocamos no assunto sobre a gravidez, nem sobre nada. Não puxava assunto porque sabia que só receberia grosserias e como já estava sem paciência, preferi ficar quieto. Toda vez que olho para ela não consigo ver nem um mísero pingo de felicidade. Presumo que se pudesse ela já teria fugido para um lugar só dela, eu não a julgo por isso, até porque também queria ter um tempo só para ver se é mesmo real, mas assim, ela está diferente, com o olhar longe, parecendo segurar o choro todo minuto. E é isso que mais me machuca, vê-la triste, sem rumo, presente somente de corpo já de alma ... queria tanto poder cuidar dela, contudo sempre que tentei alguma aproximação ela já atirava mil pedras.  Estou louco para chegar no apartamento dela, aí lá espero que ela me escute. Ao menos isso.
 Levo a bolsa com as roupas dela para o carro e volto para guia-la até a saída. Chego no quarto e a vejo sentada, estática, olhando para o nada.
— Sophia? — Ela permanece na mesma posição. — Sophia? — Aproximo-me
— Ah — Desperta. — Oi.
— Vamos? Ou vai querer continuar aqui no Hospital? — Brinco.
— Credo! — Sophia gargalha.

[...]


  O percurso de volta foi o mesmo silêncio enlouquecedor que era no quarto do hospital. Observo-a de canto de olho. Ela estava com a cabeça apoiada no vidro e os olhos fechados. Pensei em perguntar se estava tudo bem, porém ela deve estar buscando silêncio.  Eu sinto que ela está sofrendo calada. Isso me corrói por dentro.
  Estaciono o carro na garagem, ajudo-a a descer, pego as bolsas e chamo o elevador. Escuto a respiração ofegante dela. Ao entrar em casa, ela sobe direto para o seu quarto. Penso mais uma vez em ir atrás. Sento no sofá.
   

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 136


— Doutora, — respiro fundo antes de começar a falar — Sabe, minha vida inteira fiz planos, fiz metas, praticamente tenho a vida inteira no papel, porque assim sinto mais segurança. E sempre, quando algo saía dos meus planos era desesperador.
— Também sou assim. Gosto que tudo saía dentro do que planejei.
— Então, desde criança sempre sonhei em ser mãe, em ter uma família grande, ter muitos filhos, ter um casamento. Assim, sempre sonhei com aquela família de comercial de margarina, entende?
— Eu me identifico seriamente com tudo que está falando. Continue.
  Nesse momento, as lágrimas já rolavam soltas pelo meu rosto. Até tentava conte-las, mas a intensidade era tanta que nenhum esforço seguraria.
— Eu sempre sonhei com isso. Sonhei também em encontrar um cara legal, que fosse parceiro de verdade, e eu encontrei. Mas ainda não é a hora. Não é o momento de ter um filho, Eu sei que se acontecer agora, não vai ser do jeito que sonhei. Doutora, eu estou no momento mais especial na minha carreira, estou realizando tudo no lado profissional e agora vem essa criança. Sei que ela não tem culpa de nada, mas eu não quero.
— Ai Sophia! — Ela levanta e senta ao meu lado. — Eu aprendi que a vida é assim mesmo, nem sempre, na verdade quase nunca, a vida saí do jeito que queremos. Um bebê é a obra mais bonita de Deus. Se hoje, ele está aí na barriguinha é porque já estava nos planos de Deus isso acontecer. Não se culpe. Apenas agradeça.
Seco as lágrimas.
— Desculpa por ter chorado assim. — Sorrio.
— Não precisa pedir desculpas. Chorar faz parte, e eu realmente acho que quando chegar na sua casa, vai tirar um tempo para você refletir. Um tempo só seu. Como é sua relação com o pai da criança? Boa?
— Sim.
— Estão juntos a quanto tempo?
— Namorando não chega a seis meses, mas nos conhecemos desde que tinha 17 anos.
— E como foi que começaram a namorar?

— Eu e Micael já passamos por tanta coisa que você nem imagina. Da amizade foi para amor, aí eu com medo, recusei. Nós seguimos a vida com outras pessoas por quase um ano e meio. Ele mudou para Los Angeles e eu aqui no Brasil, mas precisei ir para lá estudar para a novela e então aconteceu tudo.
— Que Lindo! Na próxima consulta quero conhece-lo.
— Pode deixar.
— Agora que os ânimos estão mais calmos. Aqui está seu cartão de gestante. — Pego-o de sua mão e o folheio rapidamente.  — Vamos lá medir seu peso, ver o tamanho da barriguinha?
— Vamos! — gargalho




Meus amores, eu estava no Facebook um dia aí dessa semana e vi um texto muito lindo que  minha amiga compartilhou. Sério, a pagina tem textos lindos, se desse colocava todos aqui, depois se quiserem o link é só pedir rs. Achei a cara de WYIDL <3 Ele está em Inglês, mas se alguém não entender só pedir nos comentários que coloco a tradução. Até porque, convenhamos que o Google Tradutor traduz tudo errado kkk. Enfim, qualquer coisa é só comentar aqui embaixo. Beijos 

" I wanna go on a roadtrip someday. 
Alone or with someone I love. 
I wanna get away. Explore places. Sleep in the car
Stop a lot just to admire the view. Visit museums and try out coffe shops. Listen to my favorite albums while driving. 
Have a polaroid camera. Take pretty pictures of the sunrise.
Take pretty pictures of myself. Run through a forest. 
Chase fog. Chase the sun. 
Spend hours on a field making flower crowns. Feel the wind in my hair. Buy souvenirs. Meet people. Take time to observe. I wanna make memories. I wanna feel alive"

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 135



— Quanto tempo vem sentido os sintomas que me falou anteriormente?
— Ah muito tempo, para lá de um mês, quase dois.
— Nossa Sophia! E você não suspeitou de nada?
— Todo mundo me faz essa pergunta. Não suspeitei porque todas as vezes que acontecia tais sintomas, eu tinha uma resposta. Por exemplo, os enjoos a maioria das vezes era quando não me alimentava direito, cansaço era também a maioria das vezes quando as gravações eram longas.
— Entendo. Você lembra a data da última relação?
— A última mesmo foi no dia dos namorados. — Sorri. — Mas a que eu acho que devo ter engravidado foi quando ainda estava em Los Angeles.
— E era?
— Começo de Abril.
— Não lembra mesmo o dia?
— Agora não, mas na próxima consulta trago o dia, porque eu lembro que foi numa sexta-feira antes de voltar para o Brasil.
— Menina, você deve estar com mais de 10 semanas!
As mãos e os pés voltam a tremer.
— Isso é ruim? — Pergunto.
— Bom, o quanto antes descobrir a gravidez sempre é melhor, pois é possível fazer alguns exames mais minuciosos e começas a tratar possíveis problemas com o bebê e com a gestante.
— E agora?
— Agora vou te passar uma bateria de exames. Já tenho o seu BetaHCG e o hemograma, mas preciso pedir novamente.
 Júlia imprime alguns pedidos de exames e me entrega.
— Preciso do fator Rh para ontem. — Ela me encara, rindo timidamente. — Na consulta da semana que vem, por favor, tenha todos os resultados em mãos e também a resposta para as perguntas que anotou aí no celular.
— Pode deixar. — Respondo temerosamente.
— Sophia, agora que o lado médico foi resolvido. Preciso ir para a parte social. É um procedimento que ocorre em todas as primeiras consultas de pré-natal. Se não se sentir disposta para responder certas perguntas, tudo bem. — Ela segurou minha mão. — O que está te afligindo?
 — Como assim?
— Eu conheço o estado de cada paciente que entra aqui. Sei que é estranho sair contando sua vida para uma pessoa que mal conhece, mas é essencial para um bom desenvolvimento gestacional que o psicológico da mãe fique estabilizado.

Meus olhos já pesavam de tanto que segurava para não chorar.


Ia deixar pra postar amanhã, mas como estava dando uma olhada no blog decidi postar antes. Até tentei escrever mais capítulos hoje, só que ainda estou abalada pela prova de física, então nem deu rs Beijooos!
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