Without you I don't live - Capítulo 112
[Rio de Janeiro, Brasil,
12 de Junho de 2014, 16h35]
Desde o dia que o Micael
falou que demoraria mais tempo para voltar, nós não tivemos contato. Mandei
algumas mensagens e perdi as contas das vezes que liguei. Não entendia pelo
qual motivo ele estava dando um “gelo” em mim. Esses 4 dias passaram bem
devagar, não vou mentir. Aquela sensação boa que tive na primeira semana já não
estava mais aqui. Não conseguia
colocar nada na boca que já colocava tudo para fora. E ainda minha pressão caiu
2 vezes, ainda bem que não estava sozinha. Agora sim eu estou realmente
preocupada. Liguei para minha mãe e ela mandou eu procurar um médico,
entretanto a médica que eu sempre trato atende em São Paulo, logo vou ter que
pensar o que fazer, já que não tem como ir para lá nessa semana nem na próxima.
Agora estou no Jardim Botânico com a Lua, estava realmente precisando de algo
assim. Tentar dar uma fugidinha da correria do dia a dia.
- E aí? Está melhor?
- Um pouco. Eu adoro esse
lugar.
- Também. - sentamos.
- Lua, você tem conseguido
falar com o Micael?
- Eu? - ela ergue o corpo
bruscamente, levo susto.
- Sim.
- Não Sophia, faz um
tempão que não falo com ele. Por quê?
- Ah, porque eu não
consigo falar com ele já faz quatro dias.
- Entendi.
- E eu queria falar com
ele hoje, já que é Dia dos Namorados - abaixo a cabeça.
- Calma ruiva, mais tarde
você vai falar com ele.
- Nossa, tem tanta
certeza? - ri
- Tenho.
- Acho melhor irmos
embora, daqui a pouco vai fechar.
- Ok. Sophia posso fazer
uma pergunta? - vamos em direção ao estacionamento.
- Fala.
- Você não está achando
estranho essas coisas que vem sentindo?
- Claro que acho.
- Então porque não procura
um médico logo?
- Bom, antes eu não estava
preocupada não, mas agora confesso que estou intrigada.
- Vai procurar um médico
logo. Porque vou falar uma coisa. - entramos no carro
- Pode falar
- Ou você está com alguma
coisa muito grave ou está grávida. - gargalho
- Ficou maluca?
- Não.
- Deus me livre estar doente e quanto a
gravidez é impossível.
- Impossível?
- Claro, você sabe muito
bem que o Micael está em Los Angeles.
- Ok, não vou continuar
essa conversa porque vamos acabar brigando.
- Melhor mesmo. Quando tiver uma folguinha vou para São
Paulo, minha médica atende lá.
- Vai ficar passando mal
até lá?
- Não, eu estou tomando
uns remédios.
- Que remédios?
- Pra dor de cabeça,
mal-estar, enjoos.
- Você é impossível.
- Vamos na sua casa
primeiro?
- Aham. Esqueceu que seu
carro ficou lá?
- Tinha esquecido mesmo.
- Está com a cabeça onde,
mulher?
- No meu moreno