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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Without you I don't live - Capítulo 127


— Ué, vamos colocar o papo em dia.
— Olha lá o que a senhorita vai falar para ela.
— Amorzinho, na idade da sua irmã eu já tinha feito muitas coisas que eu tenho certeza que ela nem sonhou em fazer.
— Como assim?
— Poupe-me os detalhes. — Beijo-o e subo até o quarto de Bianca

[...]

Micael narrando.


   O final da tarde foi agitado, Sophia sofreu uma queda brusca de pressão e acabou por quase desmaiar. Imagine meu desespero vendo-a naquele estado, mas ela em momento algum aceitou ir ao hospital.

— Meu amor — Beijo seus cabelos — Vem?
— Não precisa me levar, eu consigo dirigir sozinha.
— Eu vou leva-la e isso não está em discussão.

   Pego pelas mãos, ainda fracas e trêmulas pelo susto que levara.  Vou segurando-a até o carro.
— Não precisa ficar preocupado, Micael.
Sento no banco do motorista, coloco o cinto e a encaro.
— Eu não vou falar sobre isso.

[...]


   Passamos a volta inteira calados, observava-a de canto de olho e era perceptível o quanto ela segurava para não se render a tudo que estava sentido. Vê-la naquele estado é o que mais me aflige; antes não havia percebido o grau dos acontecimentos que a perseguiam, mas depois de hoje...
— Pronto! — Estaciono o carro, desço e abro a porta para ela. — Está bem? Não minta para mim. — Pergunto já sabendo a resposta.
— Estou.
— Eu falei para não mentir. — Aperto o alarme do carro e chamo o elevador.
— Quem disse que estou mentindo? — disse esgotada.
— Como seu eu não a conhecesse a décadas.

[...]

— Amor! — Enlaço os braços em seu pescoço — Quer ver filme de que?
— Qualquer um que escolher está ótimo.
— Então vou colocar em um filme sobre futebol.
— Existe? Futebol não, por favor.
— Então fala qual filme quer. Pode ser terror?
— Eu não sei o que tanto lhe atraí em filmes desse tipo — mordo-a
— Eu gosto de ver a falta de inteligência das pessoas.
— Não quero terror. Coloca alguma comédia nacional então.
— Boa ideia, viu

Gargalha.

 Procuro por esse gênero e apesar de aparecer várias, acabo escolhendo o primeiro. Sophia consegue acompanhar o filme até a metade, depois acaba adormecendo. Desligo tudo, ajeito-a ao meu lado, beijo-a calmamente e deito também. Queria velar seu sono por horas intermináveis, simplesmente por ser a imagem mais linda do mundo, entretanto o dia foi muito exaustivo.

[...]

— SOPHIA?! — acordo assustado.
   Olho para todos os cantos da cama e nada dela. Olho pelo quarto inteiro; nada. Meu coração já acelerado estava. Levanto da cama em um pulo, corro para o banheiro, mas ela também não estava. No corredor, as luzes ainda estão apagadas; no andar de baixo um breu maior ainda. Meu Deus, suplico, Onde ela está?
  Pego meu primeiro casaco e desço as escadas o mais depressa que consigo.  Chamo-a mais uma vez. Estremeço da cabeça aos pés. Reviro os cômodos existentes naquela área. Cada vez que acendia uma luz e não a via era mais desesperador. Faltava apenas a cozinha, minha última esperança!

 — Ai meu Deus, meu amor! — Corro até ela, já desfalecida ao chão.


 Uma das piores cenas que já vi. Respiro fundo para retirar forças até mesmo de onde não tinha.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Without you I don't live - Capítulo 126



— Pois é. Ele chega achando que pode.
— Posso mesmo. É minha, está vendo? — Mordeu o lóbulo de minha orelha
— Para com isso. Bianca, vou ali com ele e depois te chamo para continuarmos a conversa. Tudo bem?
— Tudo bem. Agora vou deixar os dois para não ser uma tocha.
Rimos.
— Melhorou das coisas que estava sentindo? — Sentamos no sofá
— Um pouco, eu acho.
 — Porque não vai ao médico?
— Já falei que minha médica atende lá.
 — E qual o problema? Você não pode consultar com outra?
— Claro que posso, mas não quero.
— Ô criatura teimosa!
— Sempre fui. — Beijo-o o rosto.
— Podemos ir agora?
    Vou até o espelho para arrumar meu cabelo. As mãos estão suando de tanto nervoso, não imagino qual vai ser a reação dos parentes dele. Reaplico o batom e encaro Micael com o canto dos olhos.
— O que foi?
— Está nervosa. — afirma.
— Demais.
— Não precisa. Você conhece quase todos, quiçá a maioria.
  Dou uma última “arrumada” no cabelo e seguro a mão dele até a varanda onde estava acontecendo a festa. Tinha muitas pessoas conhecidas, muitas pessoas que eu adorava, mas aquele friozinho na barriga ainda permaneceu por um tempo, até porque todos me conheciam como melhor amiga dele. Micael termina de me apresentar como namorada para os familiares e convidados, para a surpresa de muitos.
   Assim que termina, seguimos para a parte em que o vento não batia forte. Uma moça tão alta quanto eu e muito bem-afeiçoada arruma uma cadeira para mim.
— Você não é a atriz que faz a Luísa na novela das nove? — A mesma mulher pergunta dentre um sorriso tímido
— Sou.
— Não me leve a mal por favor, mas pessoalmente você é muito diferente do que aparenta ser.
— Como assim?
— Pensei que era metida. — Gargalhamos
— Eu?
— Aham, mas não é não. Nem sabia que namorava o Micael.
— Estamos namorando a pouco tempo.
— Porém, nós somos amigos por anos. — Ele acrescenta à minha fala — Está com fome?
Nego.
— Eu bem tenho uma surpresa para você.
— Uma surpresa? Qual?
— Fiz uma música.
— Não acredito! Está no EP?
— Óbvio que não.
— Mostra. Eu quero ouvir.
— Depois, meu amor. Tem que trocar a corda do meu violão que arrebentou.
— Troca lá, eu espero.
— Você é muito apressada.
— Quem mandou contar? Agora eu quero ouvir.
— No — Leva a mão para o pescoço novamente e rouba um beijo. — Vem comer comigo. Não quero deixa-la aí.
— Pode comer sossegado. Preciso conversar com a Bianca.

— Conversar sobre?


IMPORTANTE!

Gente, eu não gosto muito de encher todos os capítulos com notas e  outras coisas a fim, mas prometo que serei breve. Como já dito antes, minha vida esse ano está numa correria assustadora e não venho tendo tempo para escrever. Peço que não desistam da web, por favor, eu preciso da interação de vocês com o blog, dos comentários, das visualizações... Eu preciso disso como energia pra continuar escrever mesmo com tanta dificuldade. Bom, pode ser também que não achem, mas eu estou fazendo de TUDO que posso para continuar com isso. Espero que entendam e que realmente não desistam porque se eu ver que não há mais interesse dos leitores para com essa fanfic,terei que parar. Obrigada! Beijos!


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Without you I don't live - Capítulo 125


[ Rio de Janeiro, Brasil, 21 de Junho de 2014, 14h25]
A semana passou apressadamente, gravei de segunda a sexta apesar de os enjoos atacarem fortemente. Confesso que daí em diante comecei a ficar um pouco mais preocupada. Ontem inclusive, passei a noite em claro, mas não contei e nem vou contar para ninguém, porque não suporto ouvir sermões! Apesar de todas as circunstâncias, hoje vou para o churrasco de aniversário da minha sogra. Procurei vestir-me o mais simples possível. Coloco uma calça de brim preta, um suéter de tricô amarelo e nos pés calço um oxford preto também. Pego rapidamente minha bolsa lateral, meu celular, o presente dela e a chave do carro.

[...]

— Oi meu amor — Antônia abre a porta.
— Oi — beijo-a no rosto — Feliz Aniversário, tia, muita saúde, muita paz, muito amor e muito sucesso. Obrigada por ser essa pessoa tão única e tão carinhosa que és comigo. Obrigada por ser minha segunda mãe, por todos os conselhos, por todos os abraços. Obrigada mesmo, do fundo do meu coração.
— Ai! Sophia, desse jeito vou chorar.
— Não, por favor não — Abraço-a novamente — Hoje é seu dia, quero ver sorriso. — Entrego o presente a ela — Espero que goste.
— Sophia? — A irmã do Micael fala apressadamente, descendo as escadas
— Bia, quanto tempo — Corro até ela.
— Nossa, nem me fale — Ela puxa minha bochecha e dá um beijo estalado. — Como está, menina? Meu irmão disse que estão namorando, sério isso?
— Estamos — gargalho.
— Depois de tudo; nunca imaginaria os dois juntos.
— Eu também não, mas amor não possui explicação, não é?
— Eu estou super feliz. Feliz por vocês dois e feliz por ver você com mais frequência ainda.
— Temos que colocar os assuntos em dia.
— Quanto antes melhor, tenho tanta novidade desde a última vez que nos falamos.
— Imagino.
— E a novela? Conta tudo, até porque tenho uma cunhadinha famosa.
— Estou adorando tudo isso. Sabe? As gravações, o elenco, a história. É muito gratificante quando trabalhamos com o que realmente gostamos.
— Amor — Micael envolve-me por trás. — Que bom que veio.
 — É claro.
— Vamos? — Puxa minha mão em direção à varanda.

— Calma estou falando com a sua irmã


Meus amores desculpem a demora :( Laís pediu para divulgar o   blog dela aqui, então se der, olhem o blog dela *-*

sábado, 16 de maio de 2015

Without you I don't live - Capítulo 124


   Chego no shopping sem nem completar 20 minutos que havia saído. Entro no elevador direto para o meu destino; avisto a loja de longe. Será que já estava realmente pronto? Pode até parecer frescura, mas o coração estava acelerado para ver o resultado queria tanto presentear Sophia com aquilo por semanas a fio.
  Paro em frente e uma moça uniformizada aproxima-se de mim. Sorrio entrando na loja. Ela repentinamente já me reconhece e entra para pegar o que havia encomendado.

— Aqui, senhor, olhe por favor confira para ver se está do jeito que pediu.
— Está incrível. — Pego-o — Está bem delicado, do jeito dela.
— Fico feliz por nossa marca conseguir satisfazer seus pedidos.
— Obrigada.  
   Entrego o cartão a ela, digito a senha e seguro o embrulho. Agradeço a ela mais uma vez e saio de lá direto para a praça de alimentação. Já era 13h04, peço um prato no Outback e sento logo na entrada.
   Não sei em que momento vou entregar o presente pra Sophia, acho involuntariamente que me falta coragem de fazê-lo. Fico algum tempo andando pelo shopping e volto para o apartamento dela.
[...]

— Amor! Cheguei — A doce voz chega até meus ouvidos — Estava dormindo, não é?
— Não — Coço os olhos
— Aham — gargalha — E essa carinha de sono?
— Ah, é que você demorou muito.
— Tudo bem — Beijo-a — Desculpa pela demora. — Senta ao meu lado
— Você está linda demais, nossa. Esse casaquinho comprou em Los Angeles, certo?
— Casaquinho não, amor — gargalha novamente — mas sim, eu comprei lá.
— Deixa eu te perguntar uma coisa: Sábado que vem vai gravar também?
— Não, até então não. Por quê?
— Porque é aniversário da minha mãe e nós vamos fazer um churrasco. Ela pediu para mim chamar você. Na verdade, ela mandou.
— Ah amor, eu vou sim, se por ocasião tiver gravação, quando sair vou dar um abraço nela.
— Eu já falei que daqui a pouco vou perder a namorada e a mãe.
— Mas é muito ciumento, nossa! — Levanta.
— Onde está indo?
— Tomar banho, apesar que está muito frio.
Aquiesço ao que ela havia dito.
— Você vai dormir aqui hoje?
— Hoje não. Aliás, eu estava só te esperando chegar para poder ir.

— Logo hoje. — fala como se fosse uma prece. — Nesse frio.
— Se ficar fazendo isso vai ser difícil negar, mas amor eu já fiquei aqui desde o dia 12.
— É mesmo. Você que sabe, Micael, eu vou tomar um banho agora e deitar, porque estou muito cansada. Muito mesmo.
— Eu vou indo então. Amanhã nos falamos. — Seguro sua cintura. — Você está uma delícia nessa calça — murmuro em seu ouvido.
— Pronto, começou!
— Começou nada. Você sabe muito bem — Sorrio, perverso.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Without you I don't live - Capítulo 123



Acordo um pouco mais cedo que o costume, cautelosamente retiro o braço detrás do dorso do Micael. Sinto-o mexer, afago seus cabelos por alguns minutos e enfim levanto e ando até o banheiro.  Ligo o chuveiro na temperatura quente, já que o clima da Cidade Maravilhosa começara a diminuir por conta da aproximação com o inverno. Prendo o cabelo e entro no banho. Percebo que hoje acordei com um pouco mais disposta. Vou até marcar uma hidratação nos cabelos, sorrio. Estou precisando. Após terminar toda minha higiene, visto uma calça skinny, percebo que estava mais apertada que o costume, com certeza entrarei em uma dieta. Pego uma blusa branca com malha de tricô e jogo um kimono com estampa geométrica. Comprei-o quando ainda estava em Los Angeles. Solto o cabelo e o penteio. Volto para o quarto, calço uma bota de cabo baixo marrom que remetia a estampa geométrica e escolho algumas pulseiras e anéis.

— Nossa? Por que já acordado?
— Olhei para o lado e não te vi. Aí assustei.
— Esquece que tenho que gravar hoje?
— Esqueci. — beijo o topo de sua cabeça
— Pode continuar dormindo.
— Você vai demorar para voltar?
— Não sei, mas quando sair, ligo. Vai ficar aqui ou vai para a casa da sua mãe?
— Devo ir resolver alguns assuntos.
— Ok, tudo certo, então! — pisco para ele, sorrindo — I love you a lot. — sussurro.
Beijo-o rapidamente e desço para buscar o carro na garagem.


[...]

Micael narrando.

  Acordo depois de três horas que Sophia saiu. Lembro do tal problema que deveria resolver no shopping. Levanto, cansado e vou para o banheiro. Daqui a uma semana começa o inverno, apesar de não fazer um frio tão intenso, já era perceptível a queda de temperatura. Ao entrar, o aroma do perfume de Sophia vem diretamente para mim, chega a ser inacreditável o cheiro dela permanecer ali. Sorrio tonto e loucamente apaixonado. Assim que termino de concluir meus afazeres ali, visto uma calça jeans o modelo era gancho ... gancho ... não lembro, mas Sophia tinha falado um dia. Pego uma camisa xadrez e a jaqueta. Fecho a mochila que estava com minhas roupas. Pego apenas minha carteira e desço. Vou a pé para o shopping, visto que o apartamento dela é um tanto quanto perto. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Without you I don't live - Capítulo 122



- Machucou.
- Que bom. E eu que vou dirigindo.
- Ah não!
- Sim. - Abro a bolsa e seguro a chave do carro.
- Deixa eu dirigir.
Ignoro-o.
- Vai entrar não? - Sento no lado do motorista e coloco o cinto.
- Fazer o que! - senta ao meu lado - Está doendo sabia.

[...]

- Vem aqui. - Micael chama por mim na sala
- Calma. - Desço as escadas amarrando os cabelos. - Diga.
- Vem!
- Para onde?
- Ficar comigo.
- Ah - rio - É claro que eu fico. -  paro em sua frente com a mão na cintura.
Ele leva as mãos sobre as minhas e me traz para si.
- Eu tenho que dormir.
 - Já?
- Amor, são 02h15 da madrugada. Quer mais o que?
Micael solta um olhar perverso.
- Nem começa! - repreendo-o - Amanhã tenho que acordar cedo pra gravar.
- Vai gravar no sábado? - sento ao seu lado
- Todo o dia é dia. - expiro cansada. - Eu estou exausta. Olha como meus pés estão enormes.
- Está doendo?
- Um pouco. - beija meu pescoço. - Vamos subir? Estou morrendo de sono, sério.
Subimos a escada com os corpos colados
- Sophia, você deixou o ar-condicionado no 17?  Isso aqui está um gelo.
- Não, coloquei no 19
- Aumenta isso aí, pelo amor de Deus. -pego o controle e aumento a temperatura.
- Coloquei no 22. - deito ao seu lado.  - Amo Você
- Amo mais.
- Será? Acho que não - encaro-o - Obrigada por tudo viu? Por todo o carinho, por todo o apoio. Obrigada por ter feito essa surpresa maravilhosa.
- Então se é assim eu também tenho que te agradecer por milhares de coisas.
- Também não é assim - encosto a cabeça no seu ombro.
- É sim. Apesar de nós demorarmos para ficar juntos, você sem dúvidas nenhuma foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida.
- Aí - abraço -o - para de falar essas coisas, vou acabar chorando.
- Não, não é para chorar.
- Então eu vou dormir, porque amanhã pego cedo nas gravações
- Vai demorar?
- Isso a gente nunca sabe, ainda mais que tenho cenas e mais cenas para gravar por causa das vezes que passei mal.
- Por falar em passar mal. Explica isso.
- Explicar o que?
- Por que está passando mal direto?
- Não sei, deve ser nervosismo, ansiedade e também a má alimentação.
- Tem que cuidar disso, sabia? Procurar um médico.

- Quando tiver tempo eu vou. Agora, deixe-me dormir - beijo-o 


Gente, essa nota é realmente importante:

Estou passando pelo tão temido Writer's Block também chamado de Bloqueio Criativo. Isso é péssimo para qualquer tipo de escritor, muitos entenderão rs. Enfim, peço o entendimento de vocês para com minha situação. Possivelmente vou reformular algumas coisas que não estão um tanto quanto agradáveis. Era só isso que queria dizer. Não, Eu não deixarei de postar, só queria avisar sobre as mudanças que vão ocorrer na escrita. Beijos

domingo, 3 de maio de 2015

Without you I don't live - Capítulo 121


- Até agora não consegui assimilar que você está aqui na minha frente.
- Por que não?
- Ué, porque você me enganou direitinho.
- Até que enfim, merecia ganhar pelo menos uma vez.
- Não entendi.
- Eu pensei que ia dar tudo errado, já que eu tenho uma namorada tão esperta.
- Sou espertíssima.
- Eu sei disso. Lembro muito bem que no dia do seu aniversário de 20 você descobriu a festa surpresa.Deu um baita trabalho.
- Ah amor, estava muito na cara.
- Lógico que não. - arqueio a sobrancelha e mostro língua.
- Estava sim.
- Claro que não. A gente estava fazendo tudo direitinho, não consigo entender como que descobriu.
- Você achou mesmo que eu não perceberia os olhares que trocava com a Lua, com a Mel, com todo mundo? Eu lembro que fui juntando um fato com outro e aí descobri.
- Mesmo assim, Contigo é tudo mais complicado
- É porque é sou extremamente esperta e inteligente.
- Demais, por causa disso pensei que ia descobrir tudo. Mas você gostou dessa surpresa?
- Ainda tem dúvidas? Eu amei muito, muito, muito - ele segura minha mão.
- Já não estava aguentando essa situação. E era cada vez pior ver suas cenas na novela.
- Porque pior?
- Por que tinha horas, praticamente todas as vezes, eu sentia uma vontade louca de entrar dentro daquela televisão e te agarrar.
- E eu aqui querendo te ver cantar.
- Calma amor, já falei que terão um monte de shows para você assistir.
- Sei, mas a ansiedade é maior. Você não respondeu minha pergunta?
- Pergunta?
- Sim, eu perguntei se você vai dormir lá em casa.
- Depende se vai querer.
- É claro que eu quero.

[...]
- Aqui - entrego o cartão para o garçom.
- Não vai dividir!
- Micael!
- Não começa.
- Por favor, divide a conta.
- Tudo bem. - o garçom responde-me com um sorriso.
- Irmão, passa nesse aqui. O valor inteiro. - Fecho a cara.
- Amor, para com isso. Deixa eu pagar metade pelo menos.
- Não deixo.
- Olha só... - interrompe - me
- Sophia chega!
Micael acaba de fechar a conta com o garçom da Pizzaria. Retoco o batom ainda na mesa. Pego minha bolsa e levanto.
- Sô! - não respondo até chegar no estacionamento.
- Eu vou dar na tua cara! - sinto - o puxando o meu corpo e colocando sentada em cima de um carro estacionado bem antes do meu.
- Vai fazer o que mesmo? - rio
- Dar na tua cara. - bato no ombro dele
- Vai nada. Você ama esse pretinho aqui.
- Não amo mais.
- Ah não? - afastou-se - Então vou embora.
- Me tira daqui primeiro.
- Então diz que me ama, que eu sou lindo, maravilhoso, que você vai parar de discutir comigo por causa de conta e que você é minha, só minha.
- É muita coisa, Me desce logo, por favor - Ele se afasta mais. - Vem aqui.
- Fala.
- Eu te amo, você é lindo e maravilhoso. O resto esqueci.
- Tem que falar tudo.
- É muita coisa, poxa!
- Não me bate quando descer. - pega-me novamente pela cintura e me coloca no chão.
- Você é rí-di-cu-lo - falo pausadamente entre tapas em seu braço. - Odeio você -arrumo a saia.
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