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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 173


      — Eu acho que tanto o senhor, quanto a senhora já sabem o quanto eu amo a sua filha, já sabem o quanto eu a admiro e quero o melhor para ela. Então, eu não sei direito como pedir isso, porque ainda é estranho, hoje estar em um relacionamento com a minha melhor amiga. — Sophia me olha sorrindo de orelha a orelha, insinuo que é para mim continuar. —  Eu amo demais a filha de vocês, acima de tudo a respeito muito —  Aperto a mão dela mais forte ainda, já começava a ver as coisas girando, não sabia o que falar. —  E eu não tenho sombra de dúvidas sobre o que vou pedir agora. Senhor Renato, eu queria seu consentimento para me casar com ela.
      Vejo-o soltando os talheres, arrumando a gola da camisa e erguendo o corpo na cadeira,porém estava sorrindo. 
      — Casamento? Agora?
      — Isso pai. A gente se ama, não tem motivo para ficar separado.
      —  Eu nunca iria negar sua mão para alguém, filha. Essa decisão é sua e dele; e acho muito nobre da sua parte, Micael, ainda mostrar tanto respeito à minha filha e à nossa família também. Eu só quero que tenham absoluta certeza disso, casamento é pra começar com pensamento que vai durar e não que se der errado separa.
      — Pode ter certeza que eu não teria pedido algo tão sério se não soubesse disso. Vou fazer o possível e o impossível para deixá-la feliz. Prometo respeitá-la e acima de tudo, honrar toda essa confiança que colocaram em mim.
      — Micael, eu sempre confiei em você e hoje estou confiando mais ainda consentindo com o casamento de vocês. Ela é a pessoa mais importante da minha vida, por favor. — Branca disse após beber um gole de suco.
      — Eu amo tanto você. Obrigada por tudo. — Ela beijou minha bochecha e falou bem baixo perto da orelha. — Nós temos outra surpresa para vocês!
      Rezo mentalmente antes de falara a notícia. Pelo menos a parte do pedido foi rápida. No fundo eu sabia que eles não iriam negar um pedido de casamento, ainda mais por me conhecerem a tanto tempo...
      — Outra?!
      — Pode deixar amor, eu falo. — Responde ao meu olhar apreensivo.
      — Mãe e Pai, é o seguinte, além do casamento, nós temos uma surpresa muito maior.  Eu sei que vocês vão achar maluquice nossa, falta de juízo e até mesmo uma irresponsabilidade. Não vou mentir para vocês que no fundo foi um pouco de irresponsabilidade, ainda mais com tanto jeito de prevenir. — Percebo que Branca já havia largado o pote de sobremesa e arrumado a postura na cadeira. — Enfim, sei também que vão achar que estamos muito novos e que isso ter acontecido agora foi uma verdadeira bobagem. Apesar de todas as coisas, eu amo o Micael e eu sei que ele me ama na mesma intensidade, sei que juntos poderemos ter uma vida feliz e vamos cuidar muito bem do neto ou neta de vocês dois.
      — NETO? SOPHIA SAMPAIO ABRAHÃO!! — Renato larga o prato de sobremesa e bate as mãos na mesa de vidro. — Então é por isso que vocês vão casar? Você está grávida?

      — Não é só por isso, Renato. — Interrompo-o — Desde que voltei para o Brasil já tinha em mente o que queria com a Sophia, queria realmente casar com ela e construir uma família, o bebê não foi o que me fez tomar essa decisão. 
      — Tudo bem, Micael. Eu sei disso. Mas olha a idade de vocês dois. Filha, você está se estabilizando na carreira agora, formando a vida agora e já arranja filho. Perdeu o juízo mesmo?
      — Eu já sei disso pai, não pense que fiquei feliz com a notícia não. Queria estar bem, não financeiramente, mas sim psicologicamente, mas aconteceu e hoje eu não vejo meu bebê como um erro, mas sim o resultado do amor meu e dele.
      — Meu amor, eu não estou te recriminando porque sei que você e o Micael já são grandinhos o suficiente para saber de todas as consequências e de todas atribulações que existem quando têm filhos, porém eu sei que vocês são capazes de dar uma educação sensacional para esse bebê e claramente cria-lo com muito amor. — Branca levanta e senta ao lado da Sô.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 172



Assim que chegamos ao pátio, Sophia avista a mãe e sai correndo até ela; eu, estando com o coração à mil por minuto, travei um pouco os passos. Não faço ideia de como os pais dela vão reagir. Tomara que dê tudo certo. Aproximo-me lentamente dos três empurrando o carrinho com as malas.
— Oi Micael! — Renato me puxou para um abraço. — Como está?
— Tudo ótimo. E com o senhor?
— Tirei umas férias do trabalho, então está mais tranquilo.
— Com certeza! Está planejando viajar?
— Sim, mas não tenho ideia para onde ir.
— Se quiser eu te ajudo a pesquisar uns lugares bem legais.
— Não vai falar comigo não, Micael? — Branca segura meu braço e vem até meu encontro. Esquinado, olho para a Sophia pulando no colo do pai.
— Oi sogrinha! — Gargalhamos — Desculpa — Beijei-a no rosto.
— Está tudo bem? E o trabalho?
— Trabalhando demais. Agora já tenho um monte de shows marcados.
— Algum é aqui em São Paulo?
— Aham. Vou ver a data direito e te falo. Quero todo mundo presente. Você acredita que até hoje sua filha não foi me ver.
— Não acredito, Sophia. Como assim?
— O que? — Ela passou o braço pela minha cintura.
— Não foi ver o Micael cantar ainda, por que?
— Não tive oportunidade. Mas lógico que assim que puder eu vou.
— Por que demoraram? — Renato perguntou.
— O voo atrasou e ainda deu uns problemas técnicos.
— Mãe, vamos logo para a casa, preciso descansar.
...

      — Por que você traz tanta coisa? — Coloco as malas no chão do quarto da Sophia. — Sério, quem vê pensa que vamos ficar uma temporada inteira aqui.
      — É que tem umas coisas aí que vou deixar no meu quarto aqui para minha mãe poder dar.
      — Agora sim entendi. — Dou um selinho rápido — Te amo tanto.
      — Falei para minha mãe que daqui a pouco descia para falar com ela.
      — Acho que vou desmaiar. — Ela solta uma gargalhada estrondosa.
      — Você prefere que eu fale com eles sozinha?
      — Óbvio que não. Não vou deixar você sozinha nessa.
      — Sabe, eu não acho que minha mãe vai brigar conosco, ela deve gostar da ideia de ter um neto ou uma neta.

      — Vamos parar de especulações, isso já está me deixando maluco. Vem. — Levanto e estiro a mão para ela segurar.
Saímos do quarto dela e seguimos até a sala. Renato está sentado ao lado de Branca, vendo um filme de guerra, não me era estranho, mas com tanto nervoso, não lembrava o nome.
      Sophia pede licença e senta no sofá à direita deles, faço o mesmo. Percebo que ela já descera com as fotos do ultrassom, porém ainda veste o moletom.
      Levantamos e fomos em direção a sala de jantar, a mesa estava deslumbrante, mas confesso que na hora já estava vendo tudo girando. Os pais dela sentaram de frente a nós
      Eu não fazia nem conta de como meu coração estava acelerado. Seguro a mão contra o abdômen para não demostrar tanta tensão.
      Sophia começa falando com os pais. Eu iria primeiro pedir a mão dela em casamento e depois contaríamos do nosso filho. Eu acho que pedir ao pai à mão da filha em casamento é um sinal de respeito com a família.
      Já estávamos ao meio do jantar, Sophia continua intermediando a conversa. Ela sabia o quanto eu estava nervoso, então segura minha mão embaixo da mesa. Espero Dulce trazer a sobremesa e tomo a palavra. 

sábado, 26 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 171




— Não vai me acompanhar por causa disso? Que amigo é esse? — Senti meu sangue ferver só de pensar que ela estaria recusando acompanhar um momento importante para mim por causa de um aniversário de um amigo. 
— É o Lucas, amor. Você o conhece.
— Deus é tão bom que não tive o desprazer de vê-lo pessoalmente.
— Você vai ficar até quando com essa antipatia com ele?  Como você mesmo disse, nem o conhece para dizer algo.
— Ok amor, Ok. Já estou tenso o suficiente, o que menos quero é motivo para brigar.
— Nem eu.
— Mas você não vai mesmo?
— Micael, terão milhares de programas para você ir e que vou poder acompanhar.
— Da mesma forma que seu amigo faz aniversário todo ano. É o meu primeiro,poxa.
— Eu entendo que seja o primeiro, mas ele já tinha me convidado para o aniversário muito antes.
— Eu sou seu noivo já, não tinha que ter essa de convidado antes. Aposto que se fosse ao contrário, eu deixasse de ir em algo com você para ir no aniversário de uma amiga, você ficaria puta da vida.
— Depende. Se ela tivesse te chamado primeiro.
— Aham. — Faço que sim — Duvido muito que você pensaria desse jeito.
— Eu ia ficar brava se você deixasse de ir em alguma coisa comigo para ir no aniversário sozinho.
— Exatamente o que está fazendo comigo.
— Claro que não! Ele deixou eu te levar,  você que não pode ir. 
— Pronto, já começou com sua arte ridícula de reverter a situação de forma favorável para você. Eu entendo que te chamei agora, mas o convite foi inesperado até para mim, porém se fosse um pouco mais compreensiva, iria à gravação comigo e depois marcaria algo com esse seu amigo. 

...
Demoramos mais que o previsto para chegar, passamos por uma nuvem carregada e alguns problemas técnicos. Não nos falamos muito durante o voo, já estava preocupado o suficiente. 
Meus sogros já sabiam que chegaríamos hoje, então suponho que estejam esperando lá fora. Pego as malas dela da esteira e seguimos até o banheiro. Sophia retira de dentro da bagagem de mão, um moletom bem grande, de cara já via que não marcava suas curvas.
— Espera aqui na frente!
Ela entra correndo para o banheiro carregando o moletom, não faço a mínima ideia para que correr desse jeito. Eu estava nervoso, mas ela transparecia estar bem mais. Será que eles vão brigar? Será que vão me chamar de irresponsável?
Apoio minha mochila no chão já que Sophia demora séculos lá dentro. Não entendo o motivo de toda mulher demorar em um banheiro, sério, é algo tão simples.   
Lembro do celular ainda desligado dentro da mochila, pego-o no pequeno bolso lateral e o ligo.
— E aí? Diminuiu um pouco o formato da barriga? — Encaro-a tentando responder. Aquele moletom diminuiu um pouco a elevação em seu abdômen. Sophia sempre tivera curvas bem demarcadas, um corpo escultural, sim, nós éramos amigos, mas que homem não repara?
— Não entendi o que quer que eu responda.
— Se está parecendo muito?
— Não, o moletom está folgado em você.
— Então tudo bem, vou confiar. Agora vamos?
— Porque fez isso?
— Porque não quero que minha mãe leve um susto logo de uma vez e caia dura no chão.
— Boa ideia. — Falo entre alguns selinhos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 170


POV Micael
      Desço com as malas da Sophia, não entendo a quantidade de roupa que precisa levar para apenas um final de semana.
      Nosso voo sairia daqui a duas horas, sim, já estávamos atrasados. Só de pensar que vamos para São Paulo contar tudo para os pais dela já deixam minhas pernas para lá de bambas. Pego o número de um táxi na internet, porque não queria deixar o meu carro no aeroporto.  
      — Sophia, vamos logo, pelo amor de Deus.
      — Calma Micael, Calma! — Ela passa por mim e sobe para o seu quarto.
      — Nós vamos perder a porra do voo. — Grito para que ela pudesse escutar do segundo andar.
      — Não grita comigo! — Desce na mesma rapidez que subiu, mas dessa vez com uns papéis na mão direita, julgo ser as fotos do ultrassom do bebê.
      — Desculpa amor, só quero sair rápido, esqueceu que o trânsito dessa cidade é uma merda!
      — Eu sei, fui apenas pegar as fotos para meus pais verem.
      — Aí, nem me lembre disso. Acho que vou desmaiar de tão nervoso.
      — Está nervoso? Logo você?
      — Claro, com a sua mãe é mais tranquilo, agora seu pai. — Levo as mãos à cabeça.
      — Meu pai sempre gostou de você.
      — Quando eu era só amigo da filha dele tudo bem , mas agora eu engravidei ela. Dúvido que ele não me mate.
      — Nesse ponto até eu estou nervosa.
      — Viu?! — Seco a palma das mãos em minha calça preta, suava fria, muito frio. Creio que até a pressão tenha baixado.— Ele vai me matar, isso sim. E você vai ficar sem marido.
      — Pior é que minha barriga já está aparecendo. — Sophia para em frente ao espelho e ergue sua camisa jeans — Amor, você acha que eles vão brigar?
— Gata, eu não estou em condições de pensar. Deus queira que não!
— Vamos esquecer isso agora, senão perderemos o voo. — Ela abaixa a blusa e dá uma bagunçada nos longos cabelos ruivos.
      Esperamos alguns minutos para o táxi sair, nós estávamos atrasados, completamente atrasados, então seria muita adrenalina chegar lá para o voo. Levo as malas para o elevador; ela até ofereceu ajuda, entretanto preferi não a deixar fazer esforço.
      Pegamos o táxi e o motorista já aparentava um semblante cansado, talvez já trabalhara por muitas horas. Digo nosso destino e não demora quarenta minutos para chegar. Ajudo o senhor, cansado, para tirar aquele peso que é a mala dela.
      Olho para o relógio de pulso, não tínhamos tempo o suficiente para seguirmos tranquilos. Pego as mais pesadas e ela pega a bolsa.


...


      — Eu adoro viajar à noite. — Falo perto do ouvido dela.
      — Eu também, porque é bem melhor para dormir, mas acho mil vezes mais bonito quando está de manhã.
      Admiro-a olhando pela janela do avião. Essa mulher é de outro mundo, a única explicação. Acaricio seus cabelos, apoio a mão esquerda em sua barriga um pouco tímida; Sophia, então, segura forte a mão e as entrelaçamos
      — Você vai dormir? — Pergunto para quebrar o silêncio.
      — Não, estou muito nervosa.
      — Eu também.
      — Então vamos conversar, sei lá, melhor do que ficarmos calados com mil besteiras e imaginações à flor da pele. Tenho uma novidade para te contar.
      — Lá vem.
      — Sábado que vem tenho que ir em um programa.
      — Oi?
      — Isso mesmo, vou gravar o Altas Horas ao vivo.
      — Não acredito. — Largou minha mão. — Jura?
      — Não falaria mais sério que isso. Você vai me acompanhar? Claro.
      — Vamos ver como vai ser. — Ela agarra minhas bochechas e as beija rapidamente. — Parabéns viu, pode ter certeza que daqui para frente é só sucesso. Sério, eu estou muito, muito, muito feliz com isso, já que é um sonho seu. Não deixa de ser meu também.
      — Você vai, não é?
      — Não sei amor, eu tenho um aniversário para ir.
      — Mas eu quero que você vá.
      — Micael, deixa primeiro ver se vou ter mesmo o aniversário. 
      — Aniversário de quem?
      — De um amigo do trabalho.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 169


— Foi o dia-a-dia. Talvez a falta que o Micael faz, talvez a minha culpa por ter “destruído” - faço aspas- os sonhos dele. Talvez nossa briga. Um bilhão de coisas me fizeram repensar, mas foi principalmente quando eu vi meu filho suplicando carinho. Vê-lo suplicando amor. — Contenho-me para não chorar, recordando o pesadelo,
      — Como assim?
      — Tudo veio à tona quando ele veio falar comigo. Foi um sonho, pesadelo, alucinação, não sei. Era real. Eu o vi sofrer e não poder fazer nada. Lua, ele pediu apenas para mim cuidar dele, parar de tratá-lo mal. Eu sou a pior pessoa do mundo. — Seco as lágrimas. Meu rosto está pesado, provavelmente as bochechas e nariz já estão corados.
      — Aí vem cá, minha linda. — Ela levanta e senta ao meu lado— Não quero ser mais um motivo para te entristecer. Quero que saiba que pode contar comigo para tudo, tudo mesmo. Se quiser desabafar, se quiser rir, chorar, reclamar. Doí em mim te ver assim.
      — Eu sei, por isso que vim te procurar. Estou cansada de só fazer merda, de só magoar as pessoas. Até o meu filho, meu bebezinho, eu consegui machucar. Sério, eu te suplico, não me faz ficar mais mal do que já estou.
      — Sophia, já falei que está longe de mim querer te magoar. Eu só queria entender o porquê se transformou naquilo.
      —  Eu também não sei. Eu não me reconhecia fazendo aquilo. Foi involuntário. Abaixo a cabeça  Realmente, não aguento mais. Estou carregando toda essa culpa nas costas, toda essa pressão, toda essa responsabilidade.
      — Você não tem que carregar isso sozinha, meu amor, pode contar comigo, com a Mel, com a sua mãe e principalmente com o Micael. Sophia, por favor, você não é 100% de ferro. Você sofre, ama, chora, fica triste e fica alegra como todas as pessoas. Você é humana! Se permita errar, a vida é assim.  Abraça-me  Eu não estou dizendo que acho certo você descontar tudo o que está sentindo no bebê, porque ele não tem culpa de nada, mas você também não pode guardar tudo o que sente. Eu reparo em você,sabia? Eu te conheço e sei o quando de culpa tem carregado.
      — Eu só faço besteira, não consigo ficar um minuto sem machucar alguém. Todo mundo que fica do meu lado no final acaba saindo ferido.
      — Claro que não. Olha para mim! — ergue minha cabeça, deixando o olhar bem fixo ao meu. — Vou falar mais uma vez.  —  Seco as lágrimas e dou um forte suspiro, tão forte que senti meu peito todo arder. — Se permita errar. Você não é perfeita, mentira, você é linda demais, enfim, entende? Ninguém é perfeito, ninguém tem que ser ligado a 220 volts. Você, Sophia, arrasta uma culpa ainda quando recusou ficar com o Micael, naquele ano lá que eu não lembro.
      — Carrego sim, eu poderia estar feliz a muito mais tempo. Não teria terminado uma amizade tão bonita — exalto-me 
      — Está vendo só. É só mexer na ferida que você se — Ela sorri e eu retribuo.   Quem disse que se fosse e o Micael começassem a namorar naquele dia, estariam juntos até hoje e agora estariam esperando um bebê? Quem é que te falou que tudo o que fez foi um erro? Quem te falou, Sophia, que tudo tem que dar certo nessa vida e que um erro é como se fosse a morte? — Ela mexe nos fios do meu cabelo, que suponho que já estão arrepiados.  
      — Me desculpa? Me perdoa?
      — É óbvio. Eu não consigo mais se não estiver comigo, entretanto, você não deveria pedir desculpas para mim, para o Micael, para ninguém. Você tem que se perdoar. 
      — Eu te amo. — Gargalho.
      — Eu amo ainda mais, agora que está com meu sobrinho aí.
      — Tantas coisas aconteceram nesse tempo. Tenho tanto que lhe contar. —  Respiro fundo mais uma vez. 
      — Tipo?
      — Primeiro, fiz meu primeiro ultrassom. Está tudo bem com ele.
      — É menino então? Sua barriguinha já está aparecendo. — Ela acaricia o meio de minha barriga.
      — Não, o bebê não quis mostrar.
      — Pronto, já vi que vai dar trabalho.
      — E tem outra coisa. — Estico a mão direita para ela. — Olha!
      — Não brinca com isso.
      — Seríssimo.

      — MICAEL TE PEDIU EM CASAMENTO? — Ela grita fazendo com que os olhares retornem para nós duas. Escondo o rosto por vergonha. 
      — Pelo amor de Deus, senta.
Assim ela faz.
      — Como assim? Ele te pediu em casamento?
      — Pediu no último final de semana. Foi lindo.
      — Obrigada Senhor! — Ela ergue a mão— Deu tanto trabalho juntar vocês dois, fico tão feliz por essa história finalmente ter tomado um rumo. 
      — Verdade, Lua.
      — Viu, está dando tudo certo. Você vai casar com um cara que te ama e que te defende mais do que tudo, vai ter um bebê, uma família linda. Por favor, não esquece todas as bobeiras que fez, vive  feliz agora. 
      — Eu te amo tanto, sabia?
      — Sabia. — Gargalha.
      — Ridícula. — Mostro língua. — E como estão os preparativos para o casório?
      — Estou quase enfartando de tanto nervoso. Sério, sei que ainda faltam meses, mas não consigo dormir.
      — Eita, é assim mesmo?
      — Demais. Eu estou enlouquecendo.
      — Eu preciso ver meu vestido ainda. Quero ser a madrinha mais linda de todas.
      — Vai ser. — sorrio — Vai acostumando com essa loucura de casamento.
      — Será que eu vou ficar assim também?
      — Não, lógico que não. Do jeito que é ansiosa, vai ficar mil vezes pior.
      — Pior que eu concordo com você.
      — Você e o Micael querem casar antes do meu bebê nascer?
      — Primeiro, que nós ainda não conversamos sobre isso. Segundo, “meu bebê”?
      — Sim, você apenas está gestando ele.
      — Ah tudo bem. Super normal isso.
      — Meu amor, eu preciso voltar para minha lida daqui a cinco minutos.
      — Então vamos pagar logo isso aqui.
      Descemos até o caixa, a atendente é adorável conosco; ganhamos até uma trufa de morango. Caminho com a Lua até seu trabalho, combinamos a ida para ver o vestido de madrinha e ela o de noiva
                               
                                                                      
                                                                                                      ...


Ai gente, confesso que quase chorei escrevendo esse capítulo. 
Se alguém aqui tem amor sobrenatural por uma trilogia assim como eu, com certeza identificou a parte "Você tem que se perdoar". 

 A Hora para vocês descobrirem minha outra paixão kkkk

Comentem e mil beijos!


domingo, 20 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 168


      — Você tinha um olhar tão seguro quando falou tudo...
      — Esquece isso.
      — Esquecer, Sophia?
      — Sim. Meu amor, entende meu lado, minha situação. Aquilo ali foi uma surpresa, foi contra minha vontade, foi fora dos meus planos. Naquele momento meu mundo tinha desabado.
      — Não justifica você ter desejado a morte do seu filho. Não justifica! — Ela larga o garfo e bate as mãos sobre a mesa.
      — Claro que justifica, eu queria mesmo era morrer naquela hora. Não queria falar com ninguém, queria sumir. É difícil entender?
      — É, obvio. Sempre pensei que seu maior sonho fosse ser mãe.
      — Continua sendo. O problema foi que não me sinto preparada para viver isso agora.   
      — Ah garota, cala a boca. Falar em gravidez indesejada hoje em dia é ridículo.
      — Por que ridículo, Lua Maria?
      — Existem quinhentas mil formas de prevenir.
      — Em algum momento eu discordei disso? Eu concordo plenamente que foi minha irresponsabilidade.
      — Se foi sua irresponsabilidade não culpa essa criança porque ela não pediu para vir ao mundo! — Lua grita batendo novamente as mãos na mesa.
      — Pode parar de gritar, por favor? Vim aqui na maior humildade falar contigo e você só me joga pedras.
      — Se você veio aqui esperando que eu passe a mão em sua cabeça está enganada.
      — Olha só — imito seu gesto, batendo na mesa tão forte que algumas pessoas nos encararam. — Eu não vim aqui buscar nada além do que sua desculpa, mas também não sou otária de ficar ouvindo só desprezo. Eu SEI o que fiz, eu JÁ me arrependi das palavras.
      — ...
      — Porra, Lua! Você não sabe como estava minha cabeça naquele momento, não sabe o que eu passei para aceitar isso, não sabe e nem se dispõe a compreender. Então não me julgue se não conhece a dimensão dessa situação.
      — Quem foi que falou que eu não lhe entendo? Sophia, eu imagino como estava sua cabeça na hora, mas ...
      — Mentira, se imaginasse ia deixar eu falar tudo o que houve e não ficaria me repreendendo. Não preciso de pessoas para brigar , já estou em um complexo conflito comigo mesma. Preciso de compreensão, ombro amigo, colo talvez.
      — Vai, vamos conversar como pessoas civilizadas. — Sorri mostrando trégua.
      — Eu estou aqui porque não quero mais ficar sem falar contigo. São quase doze anos de amizade, Lua. Não quero ficar longe de você, ainda mais nesse momento.
      — Muito menos eu, Sophia. Sabe, o que mais me magoou foi a forma que tratou o bebê, não parecia a minha amiga de antes.
      — Eu sei disso. Pode deixar que meu conflito interno já me julga por tudo que fiz.
      — Também não é assim.
     — Claro que é. Eu quase perdi meu filho, minha melhor amiga e o amor da minha vida. Quer pior coisa que essa?
      — O que te levou a repensar?

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 167




     Passo um dos finais de semana mais especiais de toda minha vida. Micael mostrou mais uma vez que é a melhor pessoa do mundo. Disposto a qualquer ação para ficarmos juntos, mostrou que não vou me arrepender de ter aceitando-o comigo.
      Eu preciso mais dele do que realmente transpareço, preciso muito dele. Aproveitamos todas as áreas do chalé e da pousada mais à frente. Por vezes, parei horas fitando meu anel. Na verdade, é uma aliança. Realmente, minha vida estava tomando um rumo.
      Saímos de lá no final de tarde de Domingo. Se pudesse escolher - depois do que ele fez - largaria mão de tudo, de trabalho, de obrigações, pegava uma mochila e saía só com ele e com nosso bebê. Eles são minha família agora.
      Apesar de muito aproveitar, Lua não saiu de minha cabeça nem por um instante. Nos conhecemos a tanto tempo, tanto tempo... muito mais que conheço Micael. Decidi falar com ela hoje mesmo. Hoje em dia é tão difícil ter amizades verdadeiras, não posso perde-la também - como quase perdi o meu amor.
      — Com licença. — Entro na redação que ela trabalha.
 — Oi? — A recepcionista sorri um pouco assustada, talvez me reconhecera da televisão — Tudo bem? Desculpa falar, mas você é incrível, assisto a novela só para te ver. — Vejo suas mãos tremendo. Seguro-as.
      — Obrigada, linda. Fico muito feliz por você gostar tanto do meu trabalho.
      Converso com ela mais alguns minutos, tiro uma foto e dou um autógrafo. Logo, peço para falar com a Lua, esse era meu objetivo.
      — Sophia? — Sorrio ao vê-la saindo da porta de sua sala, ela trabalha em uma empresa muito conceituada. A melhor jornalista que eu conheço. — O que faz aqui?
      — Você tem um tempinho?
      — Saio daqui a vinte minutos para meu horário de almoço.
      — Tudo bem, eu espero.
      Seguimos até uma cafeteria, não estávamos interessadas em restaurante, queria um lugar reservado. Entramos juntas, como foram poucas as vezes que vim vê-la no trabalho, nunca visitei tal cafeteria.
      Tem um ar bem requintado, com velharias e souvenirs bem delicados. Sentamos à mesa de madeira bem polida no segundo andar. As paredes e piso já gastos, quadros de ídolos da música dos anos 80 e uma vitrola mais antiga ainda me lembra das cafeterias de Paris, uma das minhas viagens preferidas de toda adolescência.

...
      — Muito lindo aqui. Porque não me convidou para vir antes?
      — Abriu quando ainda estava em Los Angeles, depois esqueci mesmo.
      — Hm. — Olho-a comendo um pedaço de bolo, talvez de abacaxi. — Lua, eu acho melhor a gente se entender. É uma merda ficar sem falar com você. Queria que entendesse que naquele dia eu estava fora de mim. Não queria ter falado nem a metade do que falei. Sério, foi do caralho ficar desse jeito. Péssimo

Gente, desculpem qualquer erro porque não tive tempo de fazer uma boa revisão. Só dei uma paradinha aqui nos estudos para ns deixá-los sem. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 166



         Depois de passarmos no restaurante da pousada para um café. Seguimos direto para a enorme piscina, ele entra direto na água enquanto eu deito na espreguiçadeira.
— Oi. — Uma moça deitou perto de mim.
— Oi, tudo bem? — Noto que é a mesma mulher que estava na mesa ontem onde precisei procurar uma das pistas.
— Aham e com você? Terminou de achar as pistas?
— Terminei sim. Desculpa ter atrapalhado seu jantar.
— Não tem problema não. Imagina. — Sorrio.
— Prazer, Sophia. — Estendo minha mão em sua direção.
— Maitê. Eu conheço você da novela, admiro seu trabalho.
— Ah sim, obrigada.
         Micael sai da piscina e vem até mim. Estremeço com o toque de suas mãos molhadas.
— Vem amor.
— Daqui a pouco eu vou. — Distribuiu inúmeros beijos em minha barriga.
— Você que pediu para vir nadar e fica aí deitada.
— Só estou tentando esquentar o corpo. A água tá gelada?
— Não. Está agradável.
— Vai indo, já já entro também.
— Estou te esperando então. — Retornou para a água.
— Você está com quantos meses? — A barriga já estava tão perceptível?,penso.
— Três.
— Já sabe o sexo?
—  Ainda não, mas estou bastante ansiosa.
— Imagino. Fiquei assim também.
— Você têm filhos?
—  Quatro.   Arregalo os olhos pela bela forma do corpo depois de quatro crianças. 
—  Que lindo. Meu sonho é ter uma família bem grande, mas não sei, é muita responsabilidade.
—  Ah Sophia, fala isso porque é o primeiro filho, ainda é nova, então dá esse medo, mas no final vai querer um monte.
          Gargalho.
         Continuo conversando com Maitê por mais uns minutos; Micael chama-me outra vez e então entro na piscina com ele.
— Essa sua barriguinha está a coisa mais sexy do mundo.
— Ah Micael, por favor, para com isso.   Entro com a ponta dos  pés na água, xingo Micael por tão fria estar aquela piscina.
— Que foi? — Tenta me puxar para o fundo, mas seguro na beirada.
— Desde quando barriga de grávida é sexy?
— A sua é. — Tenta novamente.
— Eu não vou molhar meu cabelo para ter que lavar novamente,porra!
— Vai sim. — Cola nossos corpos e desfaz o coque desleixado em meu cabelo. — Qualquer coisa eu te ajudo a lavar.
— Você é tão maluco. Acho que foi isso que me fez ficar apaixonada.
— Só isso?
— Óbvio que não. Tem mil e um motivos que me fizeram ficar caidinha.
— Quais?
— Ah me apaixonei pela sua força de vontade, sua garra, determinação, pelo seu foco, pelo seu jeito divertido, por suas brincadeiras, por seu sorriso, por seu olhar, pela forma que sempre cuidou de mim e que me defendeu. Ai amor, eu me apaixonei por tudo em você. Se for continuar falando, o ano acaba e não termino.
— Por mim poderia ficar falando por horas e não me cansaria de ouvir.
— Mas quais motivos que te fizeram gostar de mim?
— Praticamente os mesmo que você citou. Apaixonei também pela sua determinação, seu foco, sua força de vontade, seu sorriso, olhar, corpo, boca. Apaixonei por seu jeito imediato, por suas loucuras, por sua voz, por seu coração tão grande.

...
— Amanhã mesmo quero falar com a Lua.
— Vocês ainda estão sem se falar? Sophia Sampaio Abrahão Borges! — Sentou à minha frente.
— Ainda não tenho o Borges, ouviu?
— Daqui a pouco já tem. Agora responde, é sério?
— Sim, seríssimo. — Dou um selinho rápido e começo a arrumar as roupas dentro da bolsa. Voltaríamos para nossa rotina em algumas horas.
— Como pôde, Amor?
— Nós brigamos naquela vez que ela foi me visitar no hospital. Micael, eu amo aquela criatura, mas queria me acertar com você antes.
— Errado. Estou feliz por nós dois estarmos juntos e muito bem, mas a Lua é sua amiga a um tempão. Sempre ficou do seu lado.
— Você só está me fazendo ficar mais arrependida falando isso.
— É claro Sophia. Em todos os anos de nossa amizade, Lua sempre colocou a mão no fogo por você.
— Eu sei, eu sei. — Fecho a bolsa e sento ao seu lado. — Vou falar com ela amanhã.
— Bom mesmo. Então, minha noivinha, o que acha de terminar de aproveitar esse lugar divino antes de ir embora.
— Só se for agora.

... 




Amores, estou entrando em semana de provas, então não sei como ficará o calendário de postagens. Espero que compreendam :)

sábado, 12 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 165



Tem o charme do amanhecer,
Com as cores da alvorada,
Me encanta seu perceber,
As lembranças que você me deu,
Valem mais que toda história de um cara como eu,
Lembro de um beijo seu,
Penso no acontecido,
Fico agradecido,
Eu quero estar com você.

POV Sophia

         Desperto com o Micael enrolado em minha cintura, queria levantar sem acordá-lo. Lentamente, retiro sua mão direita, ajeito-a junto ao seu corpo, levanto na ponta dos pés e sigo até o banheiro. Esse chalé é perfeito, cada detalhe, desde as luzes até o azulejo.  Abro o chuveiro, coloco numa temperatura agradável para hoje, nem quente nem fria. Meu cabelo está parecidíssimo com um ninho, será uma batalha feroz desembaraça-lo. Lavo-o com os produtos do próprio chalé. Sabia que hoje minha cervical iria doer, resmungo recordando-me da madrugada.
         Micael é sim uma perdição, tira o meu controle. Ele tem um poder sobre mim que até eu não reconheceria. Um poder de me paralisar, deixar-me sem ação. Ele sabe perfeitamente como fazer-me chegar ao ápice, sem ter nada a reclamar.
         Saio do banho, passo por ele que ainda continuava a dormir. Graças a Deus minha bolsa com roupas estavam aqui. Pego meu biquíni roxo, a parte superior é um drapeado dando mais volume ao seio e a parte inferior também rosa mas tinha um detalhe na lateral esquerda de algumas listras em verde, amarelo, azul e branco.  Não tinha muita opção de roupa aqui, escolho um shortinho cintura alta de stretch e um cropped de crochê listrado com cores similares ao da lateral do biquíni.
         Penteio novamente meu cabelo para dar fim ao resto dos nós que Micael fizera. Sinto um ar quente em meu pescoço. Micael abraça-me por traz e apoia a mão, acariciando a barriga.
— Bom Dia — Fala melosamente.
— Dormiu bem, meu amor? — Viro a cabeça e beijo sua bochecha.
— Ótimo. — Ele desce as mãos da barriga até o quadril e se encaixou em mim. — Você me deixa cansado. — Solto uma alta gargalhada.
— Digo mesmo de você.  — Afasto dele, mas sou puxada novamente.
— Eu amo você. — Beija a aliança em minha mão direita.
— Eu amo muito mais, muito. — Rapidamente passo o olhar por todo seu corpo. Ele está somente com sua cueca box preta. Retribuo o sorriso sexy.
— PARA! — Ele me pega no colo e enlaço sua cintura com as pernas. — Sério, você reclama mas adora provocar.
— Qual seria a graça se não fizesse isso? — Mordo seu lábio inferior.
— Sophia, Sophia. Melhor parar, do contrário não te deixo sair desse quarto hoje. — Ele me coloca no chão.
— Até que não seria uma má ideia, mas como quero conhecer as coisas aqui prefiro ficar quietinha. Quero ir para a piscina, já estou pronta!
—Piscina não. — Exclama  Quero ficar contigo aqui dentro.
— Nós vamos ter a vida inteira pra isso.
— Acho bom, mesmo. Eu quero andar à cavalo. Vamos?
— Depois da piscina.
— Ai amor. Para quê, piscina?
— Eu gosto de água. Sabe o que eu estava pensando? — Envolvo meus braços em seu pescoço. — Eu acho que não posso andar à cavalo.
— Como assim não pode?
— Vai que faz algum mal para o bebê, pelo impacto talvez, ainda mais ele que é pequenininho.
— Verdade, então melhor não.
— Se você quiser ir, eu fico lá te olhando — Beijo-o — E dando força para o cavalo não te derrubar.
         Pega-me no colo e me coloca na bancada do chalé.
 Eu sei andar de cavalo. Sou o melhor do mundo.
—  Cala a boca! Eu lembro muito bem quando você caiu lá no sitio do meu avô.
— Porra amor, aquilo lá não foi culpa minha.
— Tem certeza? O Ariel sempre foi muito quietinho e respeitoso.
— Muito, nossa  Debocha.
—  Olha aqui  Estiro o dedo para ele   Não debocha do meu filho.
— Aí desculpa. Você tinha um monte de filho lá no sitio.
— Ainda tenho, mas estou sem tempo de ir lá.
— De cachorro, na casa do seu avô, tinha quantos?
— Na minha infância, os meus eram seis. Eleanor, Amelia, Ethan, Alice e Joaquim.
         Encaro-o por estar rindo de mim, suponho.
— Por qual motivo está rindo?
— Os nomes que deu, parece de gente.
— Ué cachorro não é gente?
— Ah depende.
— Já que estamos falando em cachorro, poderíamos arranjar um para nossa casa, quando casarmos. Aí vai ser amigo ou amiga do bebê.
— Um cachorro pequeno, não é? Por favor. Você só tinha cachorro grande.
 Isso eu não sei ainda. Agora chega de conversar.
         Micael agarra minha nuca com força  e distribui milhares de beijos.
— Calma cara, é pra ir pra piscina.  Desço.
         Deixo o Micael no banheiro e começo a arrumar a bagunça que fizemos no quarto. Encontro nossas roupas jogadas por todo o canto, dobro-as. Micael comentou que teria uma moça para limpar todo o chalé enquanto estivéssemos fora. Fico aliviada e um tanto com vergonha.
...

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