quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 162


— Você não sabe, Sophia? — Ele abaixa a cabeça.
— Eu sei, mas não estou lembrando agora. Calma. — Fecho os olhos. Preciso lembrar.
— E aí? — Ele diz depois de esperarmos dez minutos aproximadamente.
— Eu não lembro, Micael. Não lembro.
— Sério? 
— Dia dezoito,dezenove ou vinte? — Pergunto repleta de dúvidas
— Dezoito.  Abaixou a cabeça.
— Micael, não fica chateado comigo, eu nunca fui boa com datas.
— Mas essa não é uma data qualquer, Sophia Sampaio Abrahão!
— Ñão, eu sei que não. Amor, me desculpa. 
— Eu pensei que você fosse lembrar. Mas já me arrependi de ter colocado essa pergunta.
— Ah não. Você tem que entender que EU não guardo datas.
— Dúvido. Você só não guardou, porque não queria aquele beijo.
— Realmente não queria mesmo. Já está careca de saber disso.
— Tudo bem, não quero brigar, não hoje. Vamos terminar com isso logo antes que morra de nervoso.
         Ando a quantidade de passos pedidas e pego a próxima dica colada no chão embaixo de uma poltrona. Arranco-a.
“ Boa menina, essa é a última dica.
Você abrirá seu presente com aquela chave que está contigo.
Vá onde fizemos nosso bebê.
Amo você. ”
— Micael, você é realmente maluco. Você está se referindo à cômodo ou ao lugar?
— Por favor, criatura. Não vou te fazer ir até Los Angeles.
— Então ...
         Procuro a porta de algum quarto do chalé, encontro-a escondida no fim de um corredor. Ao aproximar-me, vejo novamente uma carta no chão. Leio-a em voz alta mais uma vez.
— “Para completar seu teste de aptidão para ganhar o presente, precisa responder algumas perguntas. Número um: Você estaria disposta a dividir tudo comigo? ” — Viro para ele — Sim.
— Agora lê a segunda.
— “Número dois, você estaria disposta a ficar comigo até o fim da sua vida? ” — Não faço ideia de onde ele queria chegar com tudo aquilo, mas mesmo assim respondo -o com a voz um pouco falhada. — Sem sobra de dúvidas.
— Que bom! — Acaricia meu rosto. — A outra.
— “ Você acha que eu sou o homem certo, o homem da sua vida? ” — Faço que sim com os olhos já marejados. — “ Como mediria nosso amor? ” Para que isso, Micael?
— Anda Sophia, responde. — Vejo com os olhos brilhando feito aquelas luzes da árvore de natal.
— Eu diria que imensurável.

— Certo, agora pode entrar. Seu presente está aí dentro. 
Abro o quarto, tinha pétalas de flores por todo o lado, algumas velas aromatizadas assim como na sala. A luz é pouca, apenas as velas e um abajur.
         Vejo uma caixa em cima da cama. Até que enfim! Uso a chave para abri-la. Ele não tinha feito isso, não!
         Naquele momento as lágrimas desceram como enxurrada. Aquilo é tão fofo, tão pequenino, meigo e significativo. Primeiro presentinho do bebê. O par de sapatinhos é amarelo, passo lentamente o dedo e o tecido é muito macio, uma flanela talvez.
         Levo o olhar para ele e retorno para o sapatinho, ainda boquiaberta e chorando feito uma criança de três anos quando deixa o doce cair. Faço o mesmo gesto por incontáveis vezes. Ele me olha sorrindo sem sequer parar. Parecia que tinha algo além daquele sapatinho.
— O que foi, meu amor? Tem mais? — Pergunto, soluçando um pouco.
— Pega.
         Assim eu faço. Logo vejo que está pesado demais para estar vazio. Apalpo toda a extremidade do sapatinho. É uma caixa, mas o que uma caixa ...
— Não, não, não. — Digo pegando o ar. — É demais para mim, quer me matar, é?
         No instante que seguro a caixinha de veludo vermelha ele já toma de mim e pede que levanto. Eu fico um pouco perplexa com tudo aquilo. Não é possível que é o que estou imaginando.
— Amor — Ajoelha em minha frente. A partir dali não tinha condições nenhuma de assimilar qualquer coisa.

Não me matem, por favor!! Não consegui ontem porque estava estudando para o teste de Física O.O 

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