domingo, 14 de dezembro de 2014

Without you I don't live - Capítulo 72



[Rio de Janeiro, 9 de Abril de 2014, 17h31]

- Mãe, eu vou indo.
- Já?!
- Sim, não quero voltar de noite. - Pego minha carteira e levanto.
- Entendo. Então tudo bem, meu amor - beijo seu rosto - Cuidado viu.
- Claro - sorrio
- Trate de ir para Sampa o mais rápido possível, seu pai está morrendo de saudades.
- Sim, assim que pegar o primeiro fim de semana livre, eu vou.
- Ok, avisa antes.
- Pensarei no seu caso, minha rainha.
- Toda sorte do mundo para você nessa sua nova etapa.
- Obrigada mamis mais maravilhosa.
- E liga pro Gustavo hoje!
- Vou ligar assim que chegar a minha casa. Tchau meu amor - distribuo beijos em seu rosto.
- Tchau filha, vai com Deus!
Despeço - me dela e saio do aeroporto. O céu ainda estava claro, provavelmente só escurecerá quando estiver chegando. O problema do Rio de Janeiro e de São Paulo é esse trânsito terrível. Ligo o som e o ar - condicionado. Escrevo o caminho de volta no mesmo aplicativo que usara para chegar. Meus pensamentos começam a ficar atordoados. Não sei se fiz certo ao falar para Micael sobre a foto de Clara, tenho medo de ele tomar precipitadas decisões e a culpa cair sobre mim. Tenho muito medo de algo ruim acontecer.

- Você não deveria ter falado nada, imbecil! - Falo sozinha

Escolho parar com esses maus pensamentos. Desperto o instinto cantora presente em mim com a música Blank Space da Taylor Swift. Consigo cantar quase o álbum inteiro dela até voltar para o meu apartamento.

[...]

- Gustavo? - inicio a chamada
- Oi princesa, até que enfim ligou.
- Pois é - enrubesço
- Tudo bem?
- Tudo - entro no apartamento e fecho a porta.
- Está mais tranquila?
- Estou - rio
- Que bom!
- Lembra que eu tinha comentado que precisávamos conversar?
- Lógico que eu lembro. Fiquei com isso na cabeça esse tempo inteiro.
- Ér, amanhã pode vir aqui em casa?
- Que horas? Dependendo, dá pra passar quando sair do escritório.
- 20h, tudo bem?
- Tudo.
- Então, até amanhã. - tento encerrar a ligação
- Nossa Sophia, você está tão seca comigo. Pensei que esse tempo fora faria com que você sentisse saudade, ficasse mais carinhosa.
- Desculpa Gustavo, mas é porque nós temos que conversar.
- E vamos, porém continuo sem entender o motivo da grosseria comigo.
- Amanhã eu explicarei. Está bem difícil para mim.
- Olha, você só está deixando - me cada vez mais preocupado.
- Vou desligar.
- Continua sendo seca.
- Tchau.
- Boa Noite, eu te Amo.
- Boa Noite. - Desligo


Um aperto chega a meu coração por trata-lo assim, mas não existe outro jeito.  Quero que nossa amizade continue, entretanto a possibilidade de isso não ocorrer é de 98,9%. Gustavo sempre fora muito explosivo, seus ciúmes sempre estavam ativos, muitas vezes era descontrolado. Apesar disso tudo, ele foi um bom namorado, passamos momentos importantes juntos. Ele apresentou o meu atual assessor a que convenhamos é um baita assessor. Não queria sentir - me desse jeito.

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