sexta-feira, 24 de julho de 2015

Without you I don't live - Capítulo 142


— Não quero mais.
— Só um minuto. O que te custa?
— Custa muito. Eu já estou destruído por ontem, quer me destruir mais?
— Lógico que não. — Aproximou-se de mim — Por favor, um minuto!
— Ontem você tinha todo o tempo do mundo. E o que fez? Só me machucou, então hoje quem não quer conversa sou eu. — Vou em direção a porta.
— E nós?
— Quanta hipocrisia da sua parte em me perguntar isso. Ontem, Sophia, eu praticamente caí aos teus pés. Disse que estaria contigo para tudo e para sempre. E pergunto novamente. O que fez? Você não quis. Agora é você que decide como nós ficamos, porque quem abriu mão disso tudo não fui eu.
— Para com isso.
— Você sabe que eu te amo, e amo mais que tudo nesse mundo. Quando decidir aí você me procura, porque eu realmente cansei de ser otário, de você pisar em mim e fazer o que quiser. Nem parece que me ama o tanto quanto diz.
— Eu amo você SIM!
— Não parece. Quem ama não fala nem um terço do que falou.
Deixo-a parada e saio do condomínio em busca de um táxi.

[...]


— Micael, por que não atendeu minhas ligações? — Entro desatento em casa e minha mãe vem logo ao meu encontro.
— Ai Desculpa — sento no sofá — Estava sem condições para falar.
— E por causa disso eu fico sem notícias da Sophia? Afinal, o que ela tem?
— Você vai ser vovó — Gargalho.
— Ai meu Deus! Está falando sério? Peraí que agora eu que estou sem condições. — Senta ao meu lado com as mãos sobre a boca.
— É sério.
— Ai Meu Deus! — Ela repete, dessa vez olhando para mim — Minhas crianças agora vão ter um bebê. — Sorrio para ela. — E a Sophia? Como ela está?
— Na verdade, nem sei se ela é a mesma por quem me apaixonei.
— Não diz isso, meu filho. — Abraço-a — O que aconteceu?
— Se a senhora ouvisse tudo o que ela me falou ontem e hoje mais cedo iria concordar comigo.
— Fala o que foi que ela falou, Micael! — Minha mãe afaga meus cabelos — Ela te maltratou? Fala que já estou agoniada.
— Falou atrocidades sobre a gravidez, sobre o bebê, sobre nós dois, sobre tudo.
— E você?
— Eu procurei não brigar com ela, mas não aguentei.
— Poxa filho, você a conhece muito mais que eu, sabe muito bem como ela é. Cada mulher reage de algum jeito quando descobre uma gravidez. Sophia ficou assustada, isso é normal. Dê um tempo para ela pensar.

— Mãe, por favor, desde quando é normal a mulher desejar morrer a ter um filho? — Levanto.
— É, realmente
Permaneço em silêncio, apenas a encarando.
—Filho, nunca, em toda minha vida, eu vi um amor tão lindo e tão recíproco quanto o de vocês. Isso tudo é só uma fase, confio que daqui a pouco tudo melhora.

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