sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Without you I don't live - Capítulo 178



[Rio de Janeiro, 26 de julho de 2014, 16h26]

POV Sophia

      Acabei dormindo na casa do Lucas mesmo, foi até legal. Jogamos um pouco e assistimos filme. Sim, não lembro nem a hora que dormimos; por conta disso, então, ontem foi um dia bem cansativo. Meus pés doeram o dia inteiro, assim como minhas costas e fora a dor de cabeça. 
Hoje, por benção, não iria gravar. Marquei com a Lua e a Mel para experimentarmos os vestidos, já que o casamente do Lua será em Outubro. Eu queria resolver logo o meu vestido de madrinha para poder começar a olhar os de noiva.
      Ficamos por horas naquela loja, Lua já tinha o vestido definido, mas a Mel experimentou vários até achar um. Por falar nela, ainda não contei sobre a gravidez, apesar de achar que ela já percebeu a minha pequena elevação na parte do abdômen.
      Decidimos fazer um outro programa feminino, pegamos alguns filmes na internet, passamos no mercado para comprar aquelas besteiras de doces que todo mundo adora e retornamos para a casa da Lua. Ela disse mais cedo que tinha algo para me entregar, o pior é que não tenho ideia do que seja.
      — Amiga, vem cá. — Chamo a Mel que está na porta da cozinha falando algo com a Lua.
      — Fala, meu amor.
      — Senta aqui do meu lado, porque eu tenho algo para te contar. — Ela faz.
      — O que, Sophia? Não enrola não. Você sabe que eu fico nervosa com essas coisas.
      — Está bem, então. — Esbravejo. — Estou grávida, querida. Já festeja que seu sobrinho ou sua sobrinha que tanto falava está chegando.
      — Para de brincadeira. Isso é verdade? Ô LUA! — Grita. — Vem aqui rápido.
      — É sério sim.
      — Eu não sei o que eu falo. Se eu choro, se eu grito, se eu corro, se eu caio dura aqui nesse chão.
      — Exatamente isso. — Lua chega entrando no meio da conversa. — Tem baby chegando.
      Mel leva as mãos à boca. Um pouco perplexa, penso.
      — Nosso casal, Melanie. Finalmente. — Elas se abraçaram.
      — Até que enfim mesmo que um shipper meu deu certo.
      — Ele me pediu em casamento.
      — Isso só pode ser brincadeira mesmo. É sério, galera? Como isso tudo acontece e eu só tomo conhecimento agora?
      — Calma amiga — Beijo seu rosto. — Para mim também foi tudo muito rápido.
      — Ainda vai levar um tempo para assimilar tudo. — Rio em forma de deboche do jeito que Mel está.
      — Então fica aí no seu transe. Sô, pega a pipoca lá e coloca sal pelo amor de Deus.
      — Não vou por aquele negócio de tempero verde, não.  Faz mal para saúde, engorda.
      — Se eu fosse você, aproveitava a gravidez e comia tudo o que pudesse.
      — E como faz depois para voltar com o corpinho? — Falo enquanto sigo até a cozinha.
...
      — Lembra disso? — Arregalo os olhos quando a Lua me entrega uma antiga pasta rosa que estava com ela. Ela tinha mesmo guardado.
      — Não acredito. — Agarro a pasta toda rosa, com glitter e ainda com meu nome escrito. O tempo passou tão rápido. Parece que foi ontem que ainda colecionava aqueles adesivos de caderno
      Era tão bom aquele tempo, menos responsabilidade, menos problemas, menos discussões. Tudo era tão mais fácil, o mundo era aquele de contos de fadas. E hoje eu já estou aqui, com uma profissão, morando sozinha e ainda mais, com um bebê.
      — Ah não Sô, para de chorar. — Mel limpa algumas lágrimas que caiam sobre minhas bochechas enquanto folheava as páginas.
      Guardei aqui todas as cartas que fiz e que recebi - inclusive do Micael - tem poemas, poesias, músicas e fotos. Mil e um tipos de lembrança de uma época tão boa. Ah se eu pudesse voltar...
      — Passou rápido, não é amiga? — Lua tirou uma foto de nós três de dentro de um dos plásticos. Provavelmente estávamos com quinze anos.
      — Demais. — Sorrio entre algumas lágrimas que ainda insistiam em cair.
      — E olha vocês aqui. — Mel separa uma das fotos dentre o monte que estava em sua mão.
      Pego a foto da mão dela. Foi a primeira que eu tirei junto com o Micael. Nossa Primeira. Essa aqui vou guardar em outro lugar. Separo-a das outras.
      — Nossa Sophia, essa letra está linda.  Cria uma melodia para ela.
— Boa. — Brinco. — Depois eu vejo isso com calma, senão vou chorar até amanhã.

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